7.5.06

A Mais Dura VI



SHARON STONE

Nascida em 1958 em Meadville, uma pequena cidade da Pennsylvania, era filha dum operário fabril e de uma construtora de casas. Percebe-se logo quem é que usava calças lá em casa. Sharon sempre foi uma rapariga jeitosa e esperta, e como os homens – e algumas mulheres- não se medem aos palmos, as suas medidas em polegadas são 36B-25-35-154. Sendo que, infelizmente, 154 corresponde ao Q.I. e o 36B ao busto.

Aos quinze anos entrou na Universidade Estatal da Pennsylvania e não saiu de lá enquanto não lhe deram um diploma em escrita criativa e belas-artes. Mas como a arte e os livros não enchem a barriga a ninguém, foi trabalhar aos 17 anos para uma casa de hamburgers da cadeia que o doninha anuncia na rádio e na tv. Com essa mesma idade ganhou o concurso de Miss Pennsylvania. Daí rumou para Nova Iorque e foi bater à porta da agência de modelos da mãe do vocalista dos Strokes, a Ford, e passou a figurar numa série de anúncios e reclamos a produtos de renome internacional.

Como todos nós sabemos, tudo na vida tem uma ordem natural: as lagartas transformam-se em borboletas, os futebolistas passam a treinadores, e as modelos tornam-se actrizes. E assim, seguindo as leis da natureza, Sharon entrou para o mundo do cinema, representando o árduo papel de “menina bonita no comboio” no file Stardust Memories (1980) de Woody Allen, realizador que já tinha lançado um outro grande vulto feminino do cinema de acção num outro filme seu. De seguida, protagonizou um filme horrível (horror movie) de Wes Craven, intitulado “Deadly Blessing” (1981). Quatro anos depois entrou n’ “As Minas de Salomão”, o único filme que conheço que inclui uma fuga nesse magnífico meio de transporte que é o caldeirão. Por essa altura, casou-se com o produtor do "MacGyver”.

Não conseguido o papel da Glenn Close n’ A Atracção Fatal”, acabou por fazer o “Academia de Polícia 4”, o que não foi mau de todo, pois deu inicio ao seu currículo de dura, uma vez que fica sempre bem fazer de polícia quando se quer fazer carreira na dureza. "Òsdepois" o seu status de durona subiu em flecha, pois fez de mulher do Steven Seagal em “Above the Law” e de mulher do Arnold Schwarzenegger em “Total Recall”, realizado por Paul Verhoven, o génio por detrás de êxitos como “Robocop”, “Starship Troopers” e de “Showgirls”.
Mas o grande golpe de mestre de Verhoven foi o descruzar de pernas de Stone, em “Instinto Fatal”. Ainda tentaram fazer a acrobacia de novo, mas esqueceram-se que Sharon estava sentada na cadeira “à americana”- que para quem não sabe consiste em sentarmo-nos numa cadeira ao contrário, ficando as costas da mesma viradas para a frente - o que fez com que o filme se tornasse num fracasso. Diz que Sharon já planeia realizar "Instinto Fatal 3 - Ressurection", em Inglaterra.

Em 1994, Sharon viola Stallone num chuveiro, no filme “O Especialista”, e no ano a seguir fez a versão feminina de Trinitá em “The Quick and the Dead” e de mulher drogada e maluca do De Niro num “Casino”. Ganhou um globo de ouro - daqueles como os da SIC, mas melhores - quando fez a versão feminina de Sean Penn no “Dead Man Walking”, no filme “Last Dance”. Em “Antz”, um filme da animação 3D de 1998, ela fez a voz da Formiga Rabiga.

Em “Gloria” (1999), Stone anda à porrada com uns mafiosos e aprende a falar italiano. Por esta altura era já sem dúvida alguma, uma dura de respeito, mas faltava-lhe fazer uma coisa que os duros fazem frequentemente: comer gajas. Daí o filme “If These Walls Could Talk 2” ( 2001) ter caído que nem ginjas, pois Sharon faz o papel duma lésbica. Mas como Deus castiga estas coisas do “contra-natura”, enviou-lhe um raio, ou sei lá o quê, que lhe provocou uma aneurisma cerebral. Isso explica que desde então não tenha feito nada de especial, sendo “Broken Flowers” (2005), o filme mais representativo desse “não fazer nada de especial”.

É pena mas é assim… a vida. Sharon Stone seria uma forte candidata ao título d’ “A Mais Dura” – e note-se que até uma cicatriz no pescoço tem, como facilmente se pode verificar na sessão fotográfica para a Playboy- se não fossem estes senãos: Sharon é asmática, diabética e defensora dos direitos gays. E se isto não são sinais de fraqueza meus amigos, então já nem sei o que vos diga...

Outras Duras:

A Mais Dura V

A Mais Dura IV

A Mais Dura III

A Mais Dura II

A Mais Dura I

7 comentários:

Anónimo disse...

Não há quem opine ?

Anónimo disse...

E p'rá malta que não tinha um vídeo bom nos anos 90, era isto que se podia ver.

J. Salinas disse...

Por altura do Instinto Fatal, já eu tinha apanhado o “Boys” da Sabtina no “Deixem passar a música”. Portanto, e dado o termo de comparação, sempre achei este descruzar de perna algo merdoso.

Mas lá fez suar o Newman que, meses depois, lá seria comido por um dinossauro daqueles pequenos mas extremamente rápidos e mortíferos.

Anónimo disse...

Realmente os anos não passam por ela!
É bonita e inteligente!
Beijinhos da Dani

Anónimo disse...

Para a Sharon!? Digo-lhe que a Daniela mandou beijinhos, é isso?

J. Salinas disse...

Sim, sim... continua lá a descrever esse cenário...

Anónimo disse...

That's a great story. Waiting for more. » » »