26.12.07

Um adeus até sempre!

Estimados leitores,

Durante mais de três anos tive o privilégio de poder compartilhar aqui convosco alguns textinhos meus. Alguns bons, outros nem por isso. Ainda hoje coloquei aqui mais um a vossa disposição. Havia planos para mais…para muito mais, mas não foi isso que o destino quis. Com uma dor no peito e uma pequena lágrima no canto do olho despeço-me. O fascismo mais uma vez venceu.
Agora vou partir.

Um abraço e até para sempre!

Mais de 102000 visitantes!!!

Mais de 102000 visitantes!! É obra! O GM está de parabéns! Ainda mais, quando não se publicou rigorosamente nada nos últimos dois meses. É verdade…não foi por não ter vontade, mas como alguns já sabem certos elementos mudaram-se para a concorrência.
E eu, o único não vendido, o último dos últimos Gémeos Malvados; estive de viagem (e tinha também perdido a minha palavra passe).
Mas o hiato chegou ao fim, estimados leitores! Fica aqui a promessa desde já, que vou pegar em breve outra vez na caneta, perdão, teclado.
Para já vou meter aqui a minha listinha com os melhores álbuns do ano 2007.

1. Radiohead – In Rainbows
2. Ricardo Villalobos – Fabric 36
3. Apparat - Walls
4. PJ Harvey - White Chalk
5. Justice - +
6. LCD Soundsystem – Sound of Silver
7. The White Stripes - Icky Thum
8. Queens Of The Stone Age: Era Vulgaris
9. Tinariwen - Aman Iman: Water Is Life
10. Wu – Tang Clan – 8 Diagrams

Um péssimo ano de música diga-se de passagem. Além de que o reino de Timbaland dura, dura e dura; notou-se uma tendência que vem crescendo para pegar em velhos êxitos e cantar simplesmente por cima. Aconteceu com musiquinhas de Bowie, Depeche Mode, Michael Jackson e vai agora acontecer o mesmo com uma dos Boards of Canada. Sim, estimados leitores, é verdade; a irmã da Beijionse ou lá como se escreve o nome da moça, resolveu massacrar uma obra dos Board. Há tanta bosta por ai para gemer por cima, mas não...há que destruir o que é bom. Onde está o Al Gore agora?
Enfim, o futuro não é de facto risonho para os amantes de música. Vamos lá ver se pelos menos o nosso Benfica se consagra campeão.



15.10.07

O cozido é rei

Mudei de casa há dois anos. De próximo do Bairro Alto para outro lugar dentro de Lisboa e posso dizer que foi para melhor. Mas depois de dois anos, ainda havia uma falha: não tinha descoberto ainda um bom restaurante no bairro. Falha gravíssima!
Ontem fui outra vez a procura e por fim, a minha odisseia chegou ao bom porto. É um restaurantezinho pacato com preços normais e com gente bem simpática a servir. A sentar-me na mesa deparei logo com um majestoso Molotov na prateleira. Isso é bom sinal! Também tinha algo para dizer sobre este monumento das sobremesas Portuguesas, mas não posso divagar, ficará para uma outra vez, meus amigos. Porque ao abrir a ementa, salto-me logo para a vista o cozido. Para quem é apreciador do cozido, sabe bem qual é a sensação de alegria de fazer essa descoberta. O cozido é como um tipo de droga. Logo a primeira vez ficamos agarrados, sabe sempre bem e houve sempre um cozido melhor do que aquela que estamos a comer no momento (mas não sabemos quando e onde foi). E dá aquele sentimento de pura felicidade no fim. Caramba, agora que estou a falar nisso…apetecia-me já uma meia-dose.
Por norma meia-doses em restaurantes ou tasquinhas de jeito, dão para dar de comer a uma família de Eritreia uma semana inteira. E é assim que deve ser, um estabelecimento que a tem consciência que tem um bom cozido, deve ter orgulho nisso e mostrar o como tal no seu plenitude. Qual bacalhau, qual carapuça…o cozido, caros amigos, é o rei incontestável da cozinha Portuguesa. Até no Natal devia se mas é, manjar cozido.
Para acabar: alguns dias atrás tive mais uma vez uma conversa com um amigo meu, que é um feroz adepto do vegetarismo e que tenta sempre convencer-me ser me para a sua "religião".
Amigo: "Devias experimentar pá"
Mat: "Não conseguiria..."
Amigo: "Agora já há tudo feito à base de tofu ou soja: hambúrgueres, pizzas, almôndegas..."
Mat:"Mas eu nem como essas coisas feitas a partir de carne! E cozido? Há cozido vegetal?!"
Amigo:"Claro que não. Isso é impossível"
Mat:"Então como é que tu achas que eu podia ser vegetariano?"

7.10.07

Forma Estranha

Parte 1. As vezes tenho a ideia que não pertenço a este mundo. Ontem resolvi ver um programa de televisão em que famílias tinham de cantar. Chamava-se Família Superstar ou qualquer coisa manhosa assim. Não foi propriamente a minha escolha, mas sim de um elemento da minha família que gosta ver dessas coisas com música.
Como gosto de pegar no microfone de vez em quando para cantar karaoke e como já não via um programa popularucho há imenso tempo, resolvi contemplar também. Qual foi o meu espanto quando descobri que apenas conhecia uma música dos 5 ou 6 apresentadas. Só reconhecia a “Have I told you lately” do Van Morrison e nem se quer era a versão original. Era a de Rod Stewart, que para mim é um dos anticristos da música popular. Prefiro dez vezes mais ouvir um peido seco do que o som que sai da garaganta do velho Escocês. Exepção feita claro para “Do ya think I´m sexy.” Tema que também gosto de cantarolar por baixo do chuveiro.
De uma outra canção conhecia a autora, Sara Tavares, mas dela só conheço "Pássaros do Sul" e não a música que iam executar. Está visto, terei que ler mais revistas cor-de-rosa no futuro para estar a par da cultura das massas.
Parte 2. Por acaso até li, na semana passada algumas revistas cor-de-rosa. Fiz isso enquanto estava na sala de espera do oftalmologista. E numa dessas leituras deparei com algo muito estranho. Uma das meninas de prazer que esteve na festa nocturna do Cristiano e do Nani há poucas semanas disse numa entrevista que o último tinha um membro de forma estranha. Ora essa…

9.9.07

Material Escolar













Cada um diverte-se a sua maneira. Eu a escrever textinhos aqui para o blogue e o Cristiano com mulheres de aluguer às tantas da noite. Não há problema nisso, alias até a própria mãe do Nani disse que faz bem a saúde estar com mulheres (sempre pensei que ser homossexual não podia ser tão saudável).
Agora o que me faz alguma impressão é que o Cristiano aparece em determinados artigos escolares. Não sou de longe uma pessoa conservadora ou alguém que sobrestima o moral, mas achei estranho que uma figura dessas aparece nas capinhas dos cadernos dos miúdos. Porque não por também o Tomás Taveira em artigos escolares? É um arquitecto de sucesso e orgias também é com ele. Fica aqui então a sugestão.

27.8.07

Ícones Gay


Começou tudo com o S. Sebastião. Tinha um belo físico desnudado e uma lança a penetrar-lhe o corpo. Requisitos que lhe serviam para se tornar o primeiro ícone gay. Sebastian também é o nome do ajudante do primeiro ministro do Little Britain. Por outro lado, Maria Antonieta foi uma das primeiras ícones lésbicas. Não percebi bem porquê, mas se calhar tem a ver com a sua decapitação.
Vamos passar aos tempos modernos. Judy Garland tornou-se um símbolo graças ao filme "O Feiticeiro de Oz", onde faz de miuda irritante neste musical aberrante. Ficou tão famosa no mundo gay, que nos anos 50 se perguntava para saber se alguém o era ou não: "Is he a friend of Dorothy?"
Cá vai uma lista com ícones. Alguns são bastantes óbvios, outros nem por isso:

Julie Andrews, Lucille Ball, Shirley Bassey, Kate Bush, Mariah Carey, Cher, Joan Collins, Joan Crawford, Bette Davis, Ellen DeGeneres, Marlene Dietrich, Cary Grant, Rock Hudson, Paris Hilton, Elton John, K. D. Lang, Cyndi Lauper, Amanda Lear, Liberace, Madonna, Freddie Mercury, George Michael, Bette Midler, Liza Minnelli, Kylie Minogue, Marilyn Monroe, Dolly Parton, Miss Piggy, Debbie Reynolds, Jimmy Somerville, Barbra Streisand, Donna Summer, Superman, Elizabeth Taylor, Martina Navratilova, Amália Rodrigues, David Beckham, Billie Jean King, Cristiano Ronaldo

Agora junta-se a esta extensa lista, nem mais, nem menos, que o presidente da Federação Russa. Quem diria...mas é mesmo verdade. E logo depois de ter sido tirada esta foto enquanto estava a passar férias nas montanhas de Sibéria. A olhar para o torso do Vlad podemos verificar que faz muito exercício no ginásio e também depilação. Além disso estava na companhia de alguém que nunca enganou ninguém, a saber o príncipe Alberto de Mónaco. Eu não tenho gaydar, mas cheira-me aqui a Brokeback Mountain, caros amigos.

22.8.07

Entrevistas



Em primeiro lugar quero-me desculpar, estimados leitores, por causa da minha longa ausência aqui. Como alguns já sabem, tenho andado a procura de um novo emprego. É verdade, este vosso escritor humilde, é afinal também um ser mortal que precisa de ganhar o seu para poder pagar as contas correntes e não só..
Vou ser franco: gosto de entrevistas. Se houvesse a possibilidade de ser entrevistado profissional não desdenharia essa possibilidade. É porreiro, ficamos a conhecer gente e empresas novas, e no fundo, uma entrevista é uma pequena performance.
Para já vamos todos pimpões para lá, barba feita, aftershave, cabelo penteadinho, camisa limpa, às vezes fato e sapatos engraxados.
Eu se fosse empresário, mandava vir os candidatos na sua roupa preferida, dava para aprender bastante mais sobre o candidato; mas enfim não sou empresário.
Depois há também as partes difíceis: temos que ouvir os monólogos sobre o que a empresa faz e os seus objectivos, sem piscar muito os olhos ou bocejar. Nestes monólogos tento sempre dizer um “sim” de 5 em 5 segundos, só para mostrar que estou atento. É verdade, é muito chato, mas é um teste a nossa capacidade de resistência.
Há quem diga que o futebol é um espectáculo inútil, mas isso é mentira: eu tiro lições para a vida d´A Bola, meus senhores e senhoras. Uma das frases chave nas minhas entrevistas é sempre “prometo trabalhar muito”.
Fundamental também, caros amigos, é meter uma piada no meio, eventualmente dois se há capacidade para tal. Quebra o gelo, e ficamos com o rótulo de candidato poreiraço. Se o entrevistador deixa escapar que é natural de uma determinada localidade, agarrem essa oportunidade com unhas e dentes para criar laços. Ainda ontem dizia-me um que era natural de Mirandela, Trás-os-Montes. Contei-lhe que tinha família afastada lá, que era a zona mais bonita de Portugal e que as alheiras de Mirandela são as melhores do mundo.
O ponto auge de uma entrevista é sempre quando nós pedem quanto estamos a pensar auferir. Ou seja quando se chega a essência da nossa visita. É difícil essa, estimados leitores, mas a minha táctica aqui é o ataque! Eu retorquia com a pergunta quanto estão os senhores a pensar em pagar. Eu quando não tem uma proposta pronta, digo o que estou a ganhar nesse momento, um valor sempre superior ao que ganho na realidade. Claro, que não vou sair por menos.
O que é bom sempre é finalizar a conversa com uma pergunta inteligente. Para isso é sempre bom, ler qualquer coisa sobre a dita empresa na net antes de ir para entrevista.
Essencial também: meter uma pastilha na boca mesmo antes de entrar. Para ter um hálito fresco e para poder oportunamente, sem ninguém ver, mastigar para aliviar o stress. Não nós podemos esquecer que o entrevistador também é um ser humano, e levar com mau hálito nunca é bom.

20.8.07

A legendária lenda d´O Gémeo Malvado III

- “Xisa Oaoj! Não aguento esse cheiro ao bedum aqui, até parece que uma manada de brontossauros andou a defecar aqui...”
(nota do autor: o bedum dos brontossauros cheirava muito mal devido ao tamanho.)
O Oaoj corou...
- “Fostes tu, meu badalhoco?” perguntou o seu irmão com revolta”
- “Eu comi uma feijoada ao almoço, mas isso não quer dizer nada, já que temos o aparelho digestivo em comum.
- “O que? Não quer dizer nada?! Eu não aguento mais isso...” e o Ordep começou as cabeçadas com o seu irmão. E este respondeu-lhe da mesma forma.
Andaram as cabeçadas dois dias e duas noites, até que o Oaoj faleceu. O Ordep era de facto melhor cabeceador, tinha jogada nas camadas juvenis do Sporting.
Deixou de ter irmão, mas em contrapartida tinha ganho a sua liberdade.

Quando os vizinhos lhe perguntaram porque é que o seu irmão andava tão calado, o Ordep retorquia que ele tinha mordido a língua com muita força e que ficou sem ela.
Uma desculpa manhosa porque o corpo do seu irmão começou a apodrecer e a deitar um cheiro nauseabundo. Inventou então uma outra...que o irmão tinha apanhado lepra. A lepra, estimados leitores, apanhava-se nesses dias como hoje em dia se apanha uma constipação. Há obviamente diferenças: quando se tem constipação e se tosse saem alguns micróbios, com a lepra saem algumas partes do corpo.
Mas como o corpo do irmão, que estava pendurado ao seu próprio corpo, estava a apodrecer; partes do corpo do Ordep também começaram a ganhar bolor e a cair.
Lentamente e aos bocados o corpo dele estava também a ficar sem vida. Um dia, caiu lhe mesmo a cabeça e o gémeo malvado deixou de estar entre os vivos.
Aqui não acaba esta legendária lenda, porque não se sabe como, a hostilidade entre irmãos gémeos veio para ficar. Os milhares de gémeos do reino inteiro começaram a pancadaria.
Até que um dia chegou ao país, no seu cavalo branco com asas, um semideus de nome Tam. Perguntou a um dos populares ou que se passava no pequeno reinado.
- “Diz-me, caro ferreiro, porque é que toda gente anda a cabeçada?”
- “Estamos fartos de ter os nossos irmãos gémeos aprisionados ao nosso corpo e de os ter que aturar, ò nobre semideus” respondeu-lhe o ferreiro que tinha a cara coberto de sangue e miolos.

O meio deus lançou então um feitiço poderoso e separou todos os gémeos de todo o mundo. Desde então nunca mais houve gémeos siamêses na terra, ou quase nunca; porque o semideus Tam tinha passado a rasquinha na disciplina de feitiços na escola dos semideuses.

Pode acontecer ou já talvez aconteceu, estimado leitor, que encontra uma pessoa em tudo muita parecida consigo. Fica então a saber que, se não tivesse havido o feitiço do glorioso Tam, talvez essa pessoa poderia ter sido o seu irmão gémeo siamês. Dá que pensar, não?

FIM

24.7.07

Livros de Bolso


Sempre fui um leitor assíduo do "Diario de Notícias", mas desde que houve mudanças há uns tempos atrás cortei relações. Gosto de um matutino com muita leitura e pouca fotografia. Ao fim ao cabo é para ler e não para ver as fotos que compro o jornal. “O Público”, além de ser do Belmiro Azevedo, ainda peca mais nesse sentido. Caramba pá, se quero ver fotos leio o “Dica”. Além disso, o "DN" fez desaparecer sem mais nem menos o melhor suplemento que havia no mercado, a saber o “DNA”. Que saudades! Quem foi o mentecapto que se lembrou de acabar com esta guia cultural dirigido pelo mítico Nuno Galopim. Já agora...onde estará ele agora? A viver do subsidio de desemprego e a ouvir bootlegs dos Duran Duran, da sua banda preferida? Não sabemos.
O "DNA" deixa de existir, mas por outro lado "O Público" insiste naquela aberração que é "O Inimigo Público". Xiça! Mais valia meter publicidade de chamadas eróticas naquelas páginas, porque a piada era a mesma. Digo-vos caros amigos, essa gente dos jornais não sabe o que leitor quer.
Antigamente comprava um jornal diariamente, mas isso é passado. Agora é às vezes, e quando compro, escolho-o pela capa mais chamativa ou pelos brindes. E é aqui que o DN teve agora uma bela iniciativa. A publicação de Joaquim Oliveira lembrou-se de oferecer no próximo mês 24 livros de bolsos ao freguês. E para nós, um livro de bolso dá sempre jeito e ainda mais quando é de graça. "A colecção livros de bolso DN é uma delícia de verão para devorar até o fim", anunciam eles. Muito bem, vamos ver então a lista:

O Cão dos Baskervilles de Arthur Conan Doyle
O Senhor da Charneca de Ruth Rendell
O Inferno de Dante
A Máquina do Tempo de H.G. Wells
O Profeta de Kahlil Gibran
Boneca de Luxo de Truman Capote
Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett
Cartas de Inglaterra de Eça de Queirós
Os Europeus de Henry James
Narrativa de A.G. Pym de Edgar Allan Poe
O Último Adeus de Honoré de Balzac
O Caso dos Gémeos Desconhecidos de Ellery Queen
Daisy Miller de Henry James
O Pequeno Herói de Fiodor Dostoievsky
O Caso do Colar Desaparecido de S.S. Van Dine
Washington Square de Henry James
Estalagem das Duas Bruxas de Joseph Conrad
Cidade Escaldante de Chester Himes
A Dama de Espadas de Alexandre Puskine
Mrs. Dalloway de Virginia Woolf
Assassínio do Parque de Ellery Queen
Persuasão de Jane Austen
Dom Casmurro de Machado de Assis
Morte na Universidade de Ellery Queen

Tenho que assumir que há aqui alguns nomes que desconheço. Como Ellery Queen e S.S. Van Dine, que me pareçem autores de policiais. O que de facto é óptima leitura para as ferias. Agora que Dante, Gibran, Assis, Dostoievsky, Poe, Garrett, Conrad e Balzac são leituras de verão é algo duvidoso. Mas esses fiquem bem lá na prateleira da sala para impressionar os meus convidados. É uma pena que as lombadas não são douradas ou prateadas...

15.7.07

Separados à Nascença



David Lee Roth e Ney Matogrosso

Dois cantores. Dois amantes de lycra. Dois habitantes do continente Americano. Dois homens com indícios de calvice. Um é gay assumido, o outro ainda nao saiu do armário. Se os Van Halen não conseguem que o David volte, poderão sempre pedir ao Ney .

11.7.07

A Mão Que Treme I

Olá, bem vindos a esta rubrica com bonecos, é muito parecido com o que o meu colega Matias faz no seu Blogurte . Deixo-vos um desenho feito por uma mão que treme:"Morrissey poderia ter ido ao Eurofestival."

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7.7.07

Deusa IX

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Anya Major

Uma Inglesa conhecida por ter participado no anúncio televisivo "1984" da Apple. Realizado por Ridley Scott, ela figurava, como uma atleta que derruba o sistema. O desporto é assim transfigurado, numa mensagem de esperança e paz.
Em 1985 participou no videoclip do Elton John "Nikita", aí vestia um belo sobretudo e um chapéu russo de Zebelina. Humm Quentinho, já sei vamos tirar-lhe as roupas.
Depois desta pausa para a imaginação, ponderamos o porquê de um homosexual como o Elton John escolher uma mulher para sua musa.
Em 1997, morreu a princesa Diana, e a canção "Candle in the Wind" trouxe Anya para o esquecimento.
Em 2000, a Apple anunciou a morte de Anya, mas parece que isso não era verdade.
Fica lembrada neste post, num blog underground que se quer garrido, daí a foto ser uma capa de um disco de Anya.

30.6.07

Lost in Transladation V



Elton John - Sacrifice*

Eltão João - Sacrifícios

It's a human sign
É um sinal humano
When things go wrong
Quando as coisas saem errado
When the scent of her lingers
Quando o cheiro dela persiste
And temptation's strong
A tentação é forte

Into the boundary
No limite
Of each married man
De cada homem casado
Sweet deceit comes calling
Vem a doce decepção e te chama
And negativity lands
Para as terras do "negativismo"

Cold cold heart
Coração frio, frio
Hard done by you
Duro feito você
Some things look better baby
Algumas coisas se vêem melhor, querida
Just passing through
Há uma passagem aqui

And it's no sacrifice
E não é nenhum sacrifício
Just a simple word
Só uma simples palavra
It's two hearts living
São dois corações vivendo
In two separate worlds
Em dois mundos separados

But it's no sacrifice
Mas não é nenhum sacrifício
No sacrifice
Nenhum sacrifício
It's no sacrifice at all
Não é nenhum sacrifício tudo isso,

Mutual misunderstanding
Engano mútuo
After the fact
Depois dos fatos
Sensitivity builds a prison
A sensibilidade construiu uma prisão
In the final act
No ato final

We lose direction
Nós perdemos a direção
No stone unturned
Não retornamos as pedras
No tears to damn you
Nenhuma lágrima para te condenar
When jealousy burns
Somente queimaduras de ciúmes

Cold, cold heart
Coração frio, frio
Hard done by you
Duro feito você
Some things look better baby
Algumas coisas se vêem melhor, querida
Just passing through
Há uma passagem aqui

* Esta tradução de lírica musical é da inteira responsabilidade da Rádio CLube de Campo Belo AM - 930 Khz

28.6.07

Playlist Açúcar



Rolling Stones - Brown Sugar
Esta canção fala-me directamente ao estômago - só uns génios como estes senhores para colocarem no imaginário mundial o açúcar mascavado; embora goste muito de todos os tipos de açúcar em geral, o mascavado é, sem margem para dúvidas o meu predilecto.

The Rubettes - Sugar Baby Love
Este tema é dedicado ao meu recente filho. O nome diz tudo: açúcar bébé amor. É que o fulano ama coisas com açúcar. Um verdadeiro hino a todos os que amam o açúcar. Ah! e se repararem bem, tem sinos e tudo como prova irrefutável da proveniência divina do açúcar.

Deff Leppard - Pour Some Sugar On Me
Sim! Ponham-me açúcar em cima. Ou então de uma modelo avantajada e desnuda, que eu vou lá buscá-lo.

Liam Lynch - Sugar Walkin'
Bom... uma vez vi um grão de açúcar a andar sozinho pelo chão, mas quando fui a ver melhor, era uma formiga que o carregava. foi daquelas alturas nas quais um tipo pensa que finalmente enlouqueceu de vez. ou que afinal talvez não fossem aspirinas.

The Guess Who - No Sugar Tonight
Esta foi uma vez em que fui a uma pastelaria, já de noite, e já não tinham bolo nenhum. Nunca mais lá fui.

Pam Tillis - Shake the Sugar Tree
...era bom era, que o açúcar proveniesse das árvores...era bom era. Hum... srá que cairía de maduro? Se acontecesse, não era nada aconselhável estar em baixo de uma açúcareira, ou ainda pensavam que eu tinha caspa.

Fall Out Boy - Sugar We're Going Down Swinging
Já me havia esquecido que no verão passado deixei cair um gelado na piscina; e era um daqueles com 4 ou 5 bolas. ah! swinging....percebi swiming...chiça! era um comentário tão bom. Enfim!

James Blunt - Sugar Coated Love
Esta não percebi... amor com um casaco de açúcar? Açúcar encasacado em amor?...não ...não entendo, isto é muito à frente.

The Tony Danza Tap Dance Extravaganza - God Ain't Got No Use for No 180lb Bag of Sugar
Correcto. Para que precisará Deus de tanto açúcar? Podias dar-mo, pá. Sabes a quanto está o açúcar hoje em dia?

The Temptations - Sugar Pie, Honey Bunch
Outra que não percebo... hum... tarte de açúcar com um monte de mel em cima... será bom? "Bunch" é um monte de, não é? Ou será um anglo-saxónico a dizer "lunch" enquanto come? Ora aí está mais uma coisa que nunca saberei.

26.6.07

Separados à Nascença



Adolfo Hitler - Pois é, descobri agora mesmo que o seu segundo nome era Luís. Facto que pelos vistos conseguiu evitar presença em qualquer compêndio de História. Pois bem, Adolfo era um rapaz austríaco imaginativo e prendado a nível das artes e ofícios. No entanto, como a sua carreira de pintor não o levou longe, experimentou ser ditador em part-time. Não demorou muito até aos seres votantes alemães acharem que giro era ele fazer a coisa a tempo inteiro. Dizem que matou seis milhões de judeus, mas tal como daquelas vez em que tentou fazer um bolo, desculpou-se com o facto de não saber regular bem o seu novo forno a gás. Popularizou um estilo discursivo, que ficou conhecido entre os entendidos como o estilo bué chateado. Tinha um bigode à Charlot e andava metida com a gaja da fábrica de electrodomésticos.

Giovanni Trapattoni - Italiano canhoto que jogava à bola na defensiva. A mãe afirma que sempre gostou muito de massa, mas no fundo era porque não havia mais nada para comer. Foi seleccionador em Itália e treinador do Benfica, tendo dado muita alegria a seis milhões, que pelos vistos é um número significativo para esta malta que se zanga muito com as coisas e que fala alto só naquela. Diz no Wikipédia que fartou-se de beber Redbulls ali na terra do Adolfo Luís. E pronto, tá feito!

19.6.07

Quando o Vinho Entra, o Juízo Sai.

Numa recente entrevista, Jô Bernardo afirmou que (meio) copinho à refeição, faz bem ao coração. Com isto só veio provar que, fora as acções, já tem tudo o que é preciso para presidir um grande clube como o Benfica.

14.6.07

Já Dizia o Povo


Já que se está para aqui a falar de marcas de carros, devo confessar que a minha preferida sempre foi a FIAT. Afinal de contas, foi a única que até agora conseguiu entrar nesse poço sem fundo que é a cultura popular, tomando a forma de um provérbio. Ou será que nunca ouviram dizer "FIAT na virgem e não corras"?

Tridedeta

O talento para a fotografia, de Matias não tem palavras para o descrever. Aqui uma foto de um Tridedeta, tirada pelo nosso colega Mat. Observem o momento, em que os três dedos do rapaz, se descolam da sua mão. Deixando-o para sempre condenado, a pedir menos de oito imperiais, por linguagem gestual.


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13.6.07

A Praia

Nunca, mas nunca gostei do mar. Sal, areia, vento, e sol; não são os ingredientes para eu passar bem um dia ou uma tarde. Algumas praias até têm animais perigosas na água, como tubarões ou medusas. Na água até encontrei uma vez, não que fosse um animal perigoso, mas lembrei-me disso agora, um penso higiénico a boiar ao pé de mim quando tinha acabado de dar o meu primeiro mergulho no mar Mediterrâneo. Vem-me agora à memória também, de ter ido em miúdo com os escuteiros à costa e ter ficado danado porque as deliciosas sandes que a minha mãe me tinha preparado, tinham ficado cheias de areia. Se há coisa desagradavel, é mastigar uma sandes com areia lá dentro.

No meu tempo de miudagem, não se falava nessas coisas de cancros das peles, a malta ficava a torrar o dia todo de baixo do sol. Já na altura pensava, que pequeno visionário que eu era, que isso não podia fazer bem. Eu nadava sempre com t-shirt para não me queimar e também porque achava que tinha mais pinta.

Quando tinha aí uns quatro anos, os meus pais deram-me um barquinho insuflável. Um dia os meus pais adormeceram, e de repente eu fiquei no meio do vasto oceano. Fiquei tão longe que só via uns pontinhos a mexerem-se. Felizmente fui salvo pelos nadadores salvadores, porque caso contrário meu estimado leitor, este texto que você está a ler nunca teria existido ou estaria escrito em Inglês, ou pior do que isso em Brasileiro, dependendo da corrente do golfo que eu tivesse apanhado.

Mas o pior de tudo, nisto das praias, é ter que ver corpos nús. Não me interpretem mal, não sou membro da Opus Dei ou Muçulmano ortodoxo. Não tenho nada contra corpos nus; apenas penso que, como nem toda gente tem o físico de uma mulher esbelta, as pessoas não podem andar por aí sem mais nem menos desnudado.



Há amigos que me dizem para simplesmente não olhar, mas eu quando vejo algo que não é comum, ainda preciso de olhar mais. É uma maldita mania minha, que já me meteu em situações bem embaraçossas. Lembro-me de ter trabalhado uns tempos com um tipo ao qual faltavam três dedos numa mão e que mesmo assim trabalhava comum teclado. Sempre que precisava de falar com ele, fixava atentamente essa sua arte de manuesar o teclado. E juro, palavra de escuteiro, que não o fazia por maldade. Apenas não consigo desviar o meu olhar de coisas diferentes. Não sei bem porquê.

Agora na praia, são os gajos com pelos nas costas e correntes ao pescoço que chamam a minha atenção; e asvelhotas com varizes também. Não havia necessidade de eu ter que ver isso. Porque não fecham essa gente à chave, em vez de me obrigarem a ficar em casa?

6.6.07

Lost in Transladation IV



Deep Purple - Smoke on the water

Borbulha Funda - Fumar e beber água ardente

We all came out to montreux,
Fomos todos à base de Monte Real,
On the lake geneva shoreline.
para andarmos de certeza na linha.
To make records with a mobile,
fizémos gravações com o telemóvel,
We didnt have much time.
pouco tempo a gente tinha.
Frank zappa and the mothers,
o Franclim Zundapp e a mãe,
Were at the best place around.
ficaram com o melhor que a base tem.
But some stupid with a flare gun,
mas um cigano com uma pistola-isqueiro,
Burned the place to the ground.
queimou o sítio inteiro.

Smoke on the water, fire in the sky
Fumar e beber água ardente, faz lume até ao céu.

They burned down the gambling house,
Ardeu a casa das gambas,
It died with an awful sound.
e diz que lá morreu um a grunhir.
Funky claude was running in and out,
O Cláudio larilas correu de pernas bambas,
Pulling kids out the ground.
empurrou os cachopos ao fugir.
When it all was over,
lá mais para o fim,
We had to find another place.
fomos a uma imobiliária.
But swiss time was running out,
O meu swatch tava sem pilha,
It seemed that we would lose the race.
e vimos um preto que parecia ter malária.

Smoke on the water, fire in the sky
Fumar e beber água ardente, faz lume até ao céu.

We ended up at the grand hotel,
Acábamos por dormir numa pensão,
It was empty cold and bare.
que era fria, mas tinha bar.
But with the rolling truck stones thing just outside,
Atirámos pedras a uma camião,
Making our music there.
que tinha uma cançoneta a tocar.

With a few red lights and a few old beds,
Dormimos com umas madalenas velhas,
We make a place to sweat.
que até nos fizeram suar.
No matter what we get out of this,
Não interessa qunato levaram,
I know well never forget.
pois delas para sempre me irei lembrar.

Smoke on the water, fire in the sky
Fumar e beber água ardente, faz lume até ao céu.

3.6.07

Não à Ota, não à Portela!


Pouca gente sabe que aqui na redacção do GM, também debatemos assuntos sérios e não estamos sempre na galhofa! Muitas vezes também falamos sobre coisas sérias como a fome no mundo, a guerra, a economia global, o desemprego, doenças mortais ou mesmo Deus, sem nos rirmos uma única vez. Até já discutimos se o aeroporto deve ou não sair de Lisboa.

A nossa resposta é sim e não. Achamos que o da Portela tem que ser desmantelado, mas que por outro lado também não se deve construir um novo aeroporto. Vou ser mais claro: pensamos que se deve simplesmente proibir aviões em Portugal.

"Que disparate!" - dirão alguns de vós leitores. Estão no seu direito de o fazer, mas antes de julgar a malta do GM, vou ser mais específico e explicar melhor a nossa ideia.
Toda gente sabe que um avião polui muito, mesmo muito. E só para sublinhar isso, vou meter aqui alguns factos verídicos, que nós não inventamos, mas que tirei simplesmente da net:
  1. A subir, um Boeing 747 gasta um galão (uma medida Inglesa) de combustível por segundo.
  2. Em cinco minutos um Jumbo queima a produção de oxigénio de um dia de 44.000 acres da floresta amazónica
  3. Um avião gasta tanto combustível por ocupante, como se cada um deles andasse sozinho de carro.
Pois é, meus senhores e senhoras, a poluição dessas máquinas é de facto preocupante, e além disso também há a chamada poluição sonora que é muita chata também. Nós pensamos então, que Portugal devia ocupar outra vez o seu papel de pioneiro, tal como já foi nos tempos de descobrimentos e banir simplesmente os aviões do seu espaço área. E é exactamente nos descobrimentos que fomos buscar a alternativa para os aviões: a caravela. Vamos sim, instituir outra vez, a gloriosa caravela como meio de transporte oficial Portuguesa. Este sim é um meio de transporte que não polui. Alguns vão dizer, é verdade sim senhor, não polui, mas leva imenso tempo para chegar ao destino.

Também reflectimos sobre isso, meus caros, e pensamos numa caravela para o século XXI. Aqui em cima podem observar esse nosso projecto ultra-secreto que tem o nome de Caravelim (é uma mistura de caravela com zepelim).

Acabaram-se os problemas com poluição e espaço para aeroportos. Em deriva desta esplendorosa ideia, tivemos logo mais uma visão para Portugal que é nem mais, nem menos que; transformar o pais inteiro no maior parque temático do mundo. "Portugal: the discoveryland!" Acabamos logo com os Disneylandias e outros do género, porque o que não falta aqui é ratos Mickey e patos Donaldo.
Enfim, voltaremos a falar acerca disso, numa próxima vez...

22.5.07

A legendária lenda d´O Gémeo Malvado 2

Neste reino viviam dois irmãos gémeos, siameses claro, de nome Oaoj e Ordep. Nomes invulgares para nós, mas que na altura eram muito comuns nessa língua já extinta há muito tempo. Um dos irmãos era artista, fazia desenhos e o outro, esse fazia biscates para os famosos da época, quando não estava a jogar jogos (não de computador, porque claro isso ainda não existia). Viviam felizes, até que um dia o gémeo de nome Ordep disse:

- Oaoj, cheira-me mal aqui, pá! Já levamos o balde de lixo lá para fora hoje?
- Sim, leva..
- Aaarrghhh...és tu que cheiras mal, badalhoco!
- Eu?
- Sim, da boca!!! Vai levar os dentes!


Depois desta pequena zaragata, os dois irmãos voltaram a sua vida. Até que um dia...

- Ordrep, o que vem a ser isso?! Cheira-me aqui ao queijo putrefacto de mamute, pá!
(nota do autor: os queijos putrefactos de mamutes cheiravam mesmo mal devido ao seu tamanho).
- Não sei de nada, Oaoj!
- Bolas meu, é o teu pé que tresanda a xolé!!
Cada gémeo tinha um pé, o Ordep o da direita e o Oaoj o outro...ou era vice-versa?
- Vai lavar aquilo já e corta-me essas unhacas também já agora!

Assim feito, os irmãos ultrapassaram também esta pequena escaramuça, mas helas...a paz não durou para sempre, porque um dia...

(continua)

20.5.07

A Legendária Lenda d´O Gémeo Malvado

Muitas vezes há gente que vem ter comigo na rua e pergunta-me onde fomos buscar o nome “Gémeo Malvado”. Como em breve vamos passar a marca histórica de 70000 visitantes, vou oferecer como pequeno brinde aos estimados leitores, a mítica lenda d' “O Gémeo Malvado” que até agora, perdida nas gavetas da história, era só conhecido pelos elementos do Gémeo Malvado. Juntem-se todos aqui a volta da fogueira, porque eis que vou vós contar a legendária Lenda d'O Gémeo Malvado.



Era uma vez, em tempos longínquos; nos tempos em que ainda existia a torre de Babel, em que ainda havia festins carnais em Sodoma e Gomorra e em que o Benfica ainda dava alegrias aos seus adeptos; um pais onde só havia gémeos. Mais exactamente gémeos xifópagos ou siameses como se diz na linguagem do homem comum.
Era um reino, com dois reis e duas rainhas que viviam num esplendoroso palácio chamado de Twin Towers.
Toda gente era alegre, porque ninguém passava um dia, nem se quer uma hora, de solidão. Cada pessoa tinha sempre a companhia do seu irmão ou irmã gémea.

(continua)

17.5.07

O Verao Chegou!













Todos os anos lá está ele de volta. Há gente que sente isso pelo bom tempo que faz, mas eu não, meus amigos. Eu sei isso através de um outro factor, a saber: a mulher.
Vou ser mais explícito: trabalho num grande escritório, onde o ar condicionado está sempre a bombar a mesma temperatura o ano inteiro e onde 2/3 é da espécie feminina. O último dado é para mim de facto louvável, já que me dou melhor com elas do que com eles. Quase sempre, porque quando começam a falar de esteticistas, cabeleireiros ou casamentos é melhor fugir.
Anyway, onde é que ia... como a temperatura é sempre a mesma no escritório, nem notamos que as coisas mudam lá fora; só vemos os sinais através das nossas colegas. Um ombro a mostra, às vezes dois, calças mais curtas, saias, sandálias, chinelinhas e até já vi alguns umbigos. A título de curiosidade: com o meu olhar de connaisseur consigo dizer em que estação estamos. No fundo é por isso, que olho para mulheres, para saber qual é o tempo.
Agora a sério, tenho é inveja da mulher nisso tudo. Eu, homem masculino, tenho de andar a carregar um fato e uma gravata, dia sim, dia sim; gostava também de andar por aí com mais frivolidade. A mulher sofre muito na vida: é menstruações, menopausas, dar luz aos filhos, arrancar os pêlos das pernas, casar com grandes anormais… é verdade, ninguém desmente isso. Mas andar com uma mini-saiazinha e sentir a brisa do mar na pernoca e não só... deve justificar muito sofrimento.

P.S. - Tenho há algum tempo esta fantasia de querer usar um kilt... serei o único?

11.5.07

Pizza Al Capone


Ingredientes:
1 telefone
dinheiro trocado
1 pizza
1 metralhadora
cinto de balas Q.B.

Preparação:
Pegue no telefone, ligue o 118 e pergunte pelo número da Pizza Hut mais perto de si, se não recebeu um daqueles panfletos que nos metem na caixa do correio dia sim dia também. depois ligue o número e encomende uma pizza qualquer. Aconselho vivamente a recusar as 5 colas de oferta, uma vez que fazem mal ao estômago. Espere cerca de 30 minutos em casa pela entrega, e tenha à mão dinheiro trocado para pagar ao sujeito das entregas. Posto isto, após ouvir a campainha, abra a porta sem levantar suspeitas e efectue a transacção. Feche BEM a porta.
Em seguida, pegue na metralhadora e no cinto cheio de balas e carregue a primeira com o segundo. Remova a pizza do invólucro. empunhe a arma, atire a pizza, ou peça a alguém para o fazer e tente acertar-lhe com umas valentes rajadas de metralhadora.
E já está!

BOAS OBRAS!

10.5.07

Wanted



Cheira-me que vocês, os visitantes do Gémeo Malvado, são malta para visionar pouca televisão e que jornais nem vê-los. Por isso decidi falar-vos acerca de uma criança, a Madeleine McCann, que é inglesa e segundo consta foi raptada no Algarve.

Anda meio país à procura dela. Polícia e tudo. Anda mais gente à procura dela do que quando a filha do Nuno Lopes, a Alice, desapareceu. As pessoas menos preguiçosas, vasculham os campos e os bosques, enquanto as outras, passeiam de carro, de barco e até de helicóptero.

No entanto há malta que adoptou outra metodologia: procuram-na na praia. Vão para lá de manhã cedinho, ficam no areal a olhar, andam à beira mar, vão ver se ela está junto à rede de voleibol, a jogar com aquelas raparigas assim um bocadinho boazonas, vão ao bar da praia, dão uns mergulhos para ver se ela se afogou, e no final do dia regressam a casa. À noite quando vão procurá-la em bares e em discotecas e se fala no assunto, dizem logo: "Pá, tive o dia todo na praia e não a vi! Ve lá tu que ainda por cima apanhei um escaldão".

A mim parece-me que em vez de andarem todos à procura da miúda, deveriam antes andar à procura da mulher que está na fotografia a pegar nela e a tentar levá-la da mãe, que está mais preocupada em ver se a cera das velas escorre para o bolo, do que a tomar conta dela. A mulher é claramente suspeita.

Eu sei que muitos de vós acham que eu não deveria estar a falar assim de uma forma tão ligeira e irresponsável acerca de um assunto tão sério, delicado e até sensível. Mas garanto-vos que não deixo de sentir um profundo pesar pelo sucedido e espero que os pais a encontrem sã e salva.

Consigo até imaginar o que eles estarão a sentir neste preciso momento. É que quando eu era pequeno e ia passar férias ao Algarve com os meus pais, também me perdi deles. E olhem que ainda foi durante uns bons cinco minutos.

Foi num centro comercial que como inaugurava naquela noite, estava à pinha. O problema foi quando passámos junto à máquina de videojogos que havia lá num corredor, eu fiquei pasmado a olhar e os meus pais continuaram a andar e a olhar para as montras. Quando dei conta que estava sozinho, e fiz o que é aconselhável nestas ocasiões: chorei que nem um desalmado e chamei pela minha mãe que nem um perdido.

Logo apareceu um velho estrangeiro, que disse: "Camone, que eu levo-te para não sei onde, que a tua mãe está lá à tua espera, alright?". Assim fiz. Ainda hoje vivo com ele e chamo-lhe avô Camone, que é para distinguí-lo do outro avô que mora connosco, o avô Darling.

E posto isto, faço a seguinte pergunta: será que já procuraram a Madeleine junto à máquina de videojogos?

8.5.07

Anti-Estilo XVI



No outro dia, estava a caminhar com um companheiro (para o qual já agora, vou mandar um abraço), e passamos ao pé de um casal de góticos-metaleiros. Eu ainda sou do tempo em que as tribos urbanas estavam bem delineadas. Havia punks, góticos, rockabilies, metaleiros, hippies, skins, betos e gajos normais como eu. Hoje em dia um metaleiro pode ser um gótico e um hippie ter atitudes punk e um beto pode bem ser um skin undercover. Enfim, são modernices.

Mas voltando ao início, estávamos então a passar por este casal, quando o meu camarada disse o seguinte: “Hás-de reparar, pá, estes gordos todos, são metaleiros ou góticos por causa do engate. Se não andassem aí todos de preto, com tatoos e piercings ninguém os queria.”
“Ahahah! Vens me com cada uma!”
Eu ria-me, porque não era a primeira vez que este meu compadre vinha com uma teoria excêntrica. Só que, nos dias a seguir, reparei pelas ruas que ele realmente tinha razão: vi muitos por aí acompanhados de moças (e algumas bem jeitosas).

É de facto verídico que grande parte dessa malta pesada segue este caminho para poder sobreviver sentimentalmente e não só. Daqui até podemos ir mais longe e chegar a algumas conclusões:
  1. Se há uma cor que disfarça bem a formosura, é o preto.
  2. É por isso que não há hippies gordos
  3. Heavy metal. O nome diz tudo.

4.5.07

É Como Quem Segue em Frente, mas Corta à Direita



Há muito tempo que eu não falava disto que vos vou falar a seguir. Mas como agora é moda falar disto que vos falar, decidi falar-vos disso mesmo. Afinal de que é que vos vou falar de seguida? Pois bem, vou falar-vos de pesquisas em motores de busca que vêm aqui dar ao blog. Bem sei que não é grande tema para vos falar, mas desta decidi falar-vos deste assunto de uma forma diferente. Nos outros posts desta rubrica, eu costumava deixar uma lista de frases que tiveram como resultado este blog e ficava-me apenas por aí. Desta vez não. Desta vez falar-vos-ei não apenas das frases que tiveram como resultado este blog, mas também farei comentários, que no mínimo, serão espirituosos e poderão até mesmo chegar ao engraçadote ou até roçar o sublime. Ficando esta questão esclarecida passarei, já de seguida, a meter as mãos à obra. Aliás, meter não, pôr.


meninos nus
Esta singela frase meramente composta por dois vocábulos: meninos e nus, é já um clássico. Aparentemente, para alguns pedófilos não basta ir à praia no verão, onde o que mais abunda logo a seguir a arcas termo-não-sei-quê, são meninos nus. Pelos visto, preferem ser apanhados pela polícia da Internet a ver imagens de meninos nus, do que serem multados ou repreendidos por um cabo do mar. Enfim, são gostos.

gasóleo mais óleo
O Matias é o nosso luso-belga residente e também é ele o autor dos posts acerca de como se deve salvar mundo e ser politicamente correcto, ou correctamente político. Geralmente quando ele escreve acerca dessas coisas, vejo só a imagem e sigo em frente. Não é que estas questões não me interessem, apenas estou a tentar poupar alguma energia e a fazer a minha parte nisto de salvar o planeta do mau ambiente.

desenho de bonequinhos palito
Pá, sempre pensei que o supra-sumo disso de ser uma anta na arte do bem desenhar fosse fazer bonecos palito. Pelos vistos não. O supra-sumo disso de ser uma anta na arte do bem desenhar é desenhar tão mal que cria a necessidade de ir à internet procurar desenhos de bonecos palito. Bonecos não, bonequinhos.

fotos doenças de pele
Quem nunca procurou no google por imagens de doenças de pele, que se levante e atire a primeira pedra. Dá imenso jeito para postais de Natal, aniversário e afins. Uns quantos indivíduos de má índole poderão vir para aí dizer que é de mau gosto e que é um bocadinho mórbido, mas não liguem. Se isso acontecer, levantem-se e atirem a segunda pedra.

unha dedo mindinho cumprida
E
sta frase, chamemos-lhe assim, é enganadora. Numa primeira leitura mais desatenta da mesma, poderemos julgar que a pessoa sua autora procurava informação acerca desse hábito ancestral que deixar crescer a unha do dedo mindinho para limpar os ouvidos, cortar queijo e palitar os dentes. Mas não, são apenas palavras. E agora eu pergunto: palavras para quê?

ogemeomalvado
De facto, isto da blogosfera é uma confusão. Um gajo liga o computador e quando dá conta é só blogs para aqui, e blogues para acolá. São tantos que depois queremos nos lembrar do endereço daquele que até era assim meio jeitoso e não conseguimos. "Epá, como é que era? ogemeomalvado.blogsepote.pt? Ou seria ogemeomalvado.beloguesapo.come? "

quanto custa corte cabelo masculino londres rua

Adoro estas pesquisas, que apesar de não terem um ponto de interrogação, são formuladas sob a forma de pergunta. Será que há mesmo um funcionário do google lê a pergunta e envia uns links de volta? Se sim, deve ser um emprego lixado, porque obriga uma pessoa a conhecer a internet como a palma da mão.

em que ano nasceu o kizomba
Eu a esta sei responder. Quero dizer, mais ou menos. O que posso adiantar aos interessados é que o Kizomba nasceu em África, onde os registos de nascimento são feitos quando calha, e que por isso o mais provável é que o Kizomba tenha nascido uns 5 ou 6 anos antes da data que tem no B.I.

tipos de penteado masculino
A
pesar de haver quem discorde em relação a este assunto, posso afirmar que só existem três tipos de penteado masculino: risco ao meio, risco de lado e cabelo rapado como se faz na tropa. Tudo o resto são mariquices.

no filme hellboy qual era a profissão john hurt (professor bloom)
Outra pergunta fantástica para qual a resposta é muito simples. A profissão do John Hurt quer no filme Hellboy, quer em qualquer outro filme onde ele entre é a profissão 'actor'.

playlist casamentos
Esta vou encarar apenas como uma sugestão para uma próxima playlist da Rádio Gémeo Malvado. Já ouviram a dos Animais? Não? Então vá, que só mudo depois disso.

frases fixes
E aqui temos outro clássico das pesquisas que têm como destino o Gémeo Malvado. De facto, o que não nos falta aqui são frases fixes. Já as imagens são, no máximo dos máximos, porreiras e as palavras ficam-se pela classificação de "bacanas".

bonecos animados toiro
Sempre preferi dizer "desenhos animados" e "touro". Mas pronto, é só mais uma mania que eu cá tenho. Podia ser bem pior, porque podia andar por aí a escavacar coisas às pessoas.

tempero para carne de coelho
Diz quem já comeu, que desde que esteja bem temperado, um gato sabe ao mesmo que um coelho. Eu cá, não posso confirmar porque nunca comi coelho.

quero jogar soldado da fortuna
Os Soldados da Fortuna era uma série gira. Chamava-se assim porque o B.A. em todos os episódios soldava umas chapas à carrinha, e porque gastavam uma fortuna em veículos que se despistavam e capotavam por causa duma rampa que estava mesmo ali a jeito. Já o jogo, não conheço.

29.4.07

Banalidades IV

O meu jornaleiro é hindu, pelo menos é o que eu gosto de pensar. Tem ar de indiano, mas é claro que pode ser do Paquistão ou Bangladesh. Não sou especialista na matéria. Neste caso deve ser provavelmente apenas muçulamano ou apenas um reles de um cristão convertido.

Mas gosto de pensar que ele é hindu. Tem mais pinta, se eu fosse crente gostaria também de ser hindu. O hinduísmo com todos os seus deuses fantasmagóricos coloridos é bem mais interessante, que os outros cultos aqui já mencionados. Tem uma resma de deuses: Ganesha, Shiva, Lakshmi, Hanuman, Kali, Surya, Vishnu, Krishna, Saraswati; só para citar alguns nomes, e a cena das castas tambem é porreiro, sobretudo para quem é das mais altas.

Gostava de falar com ele acerca desta matéria, saber qual a sua divinidade preferida e porquê; mas se calhar ele é apenas muçulmano ou cristão, ou pior que isso, um ateu. Tal como eu.

26.4.07

As Anedotas do Zé Socas

Todos os dias, no intervalo para o almoço, venho ao blog olhar para as fotografias. Não leio nada, apenas olho para as imagens porque aqui no trabalho não temos janelas. Quero dizer, ter até temos, mas só dão para vermos pés e cães a passar. É o mal das caves. Isso e o cheiro a mofo. Já as inundações não me chateiam tanto. Aliás, é como tudo. Tem dias.

Hoje aconteceu uma coisa estranha: ao olhar pela enésima vez para a fotografia do Sócrates, ali no post mais abaixo e que aqui reutilizo, apercebi-me que o Sócrates está a fazer um fixe. Afinal de contas, acho que desde o 25 de Abril de 74, que já se deixou de usar aquilo de meter o polegar para cima ou para baixo para votar na Assembleia da República, ou lá o que era aquilo, com os leões e as pessoas à volta. Logo o primeiro ministro já não faz fixes para ninguém. Isto é, se não considerarmos as ocasiões em que ele o faz em frente ao espelho.

Se analisarmos bem a imagem, com olhos de analisar e tudo, vemos que o polegar está um bocado esquisito. Cá para mim só pode ser uma montagem fotográfica, feita para uma campanha eleitoral. É claro que essa montagem foi feita antes do choque tecnológico, daí que as aptidões de photoshop da malta da sede de campanha não serem grande coisa. No fundo, até consigo encontrar uma outra explicação para o polegar esquisito do Sócrates. Mas é um bocado mórbida. Que se lixe, direi na mesma.

Então cá vai! Partida... lagarta... fugida! Ah bolas! Foi quase! Agora é que é... 1... 2... 2 e meio... e trrrr... ...ês! Eleestáasegurarnumpolegarquearrancouaoutrapessoapossivelmenteum
traidorouatémesmoumqualqueradversáriopolítico!
Querem que a repita mais devagar? Ok, então vá. Dizia eu que ele está a segurar num polegar que arrancou a outra pessoa, possivelmente um traidor ou até mesmo um qualquer adversário político.

Ou então é daqueles dedos falsos que se compravam nas lojas do chinês. Não destas d'agora, mas daquelas que apareceram aí à uma porrada de anos atrás e que até tinham coisas bem porreiras como candeeiros de lava e aquelas latas de coca-cola que eram um rádio e que tinham uns óculos de sol e uns phones e dançavam. De qualquer forma, o efeito pretendido com esta história do dedo é o mesmo em qualquer uma das hipóteses: melindrar os oponentes e ganhar o respeito da população recenseada. Porquê? Não sei.

Seja como for, e como não tarda é noite, o melhor mesmo é concluir este texto para chamar a vossa atenção para o aspecto mais relevante desta imagem, que até foi o que me deu a ideia para escrever mas depois quase que me ia escapando. Então não é que o Sócrates parece o Cantiflas Português nesta fotografia!? Pá, olhem bem para a zona assim mais da cara e isso. É ou não é? Hã? Claro que sim!


14.4.07

Rádio Gémeo Malvado: Animais



Animais. Quem é que não gosta de animais? Eu gosto sim, de alguns, porque tenho fobia de cobras. Ophidiofobia é como se diz no léxico do entendido.
Já tive vários animais: cães, gatos, hamsters, peixes, tartarugas, cabras, porquinhos da India, um porco, um pato, um burro e um corvo. Todos, um por um, animais bestiais e que deixaram muitas saudades. Sobretudo o porco que era um animal muito inteligente e simpático, e do qual não consegui comer as costeletas saborosas depois de ter sido abatido pelo meu pai.
Sempre dei muito importancia a escolha dos nomes dos animais: Flash, Fidel e Boris (gatos) , Eva (cadela), Heidi (cabra), Zeppelin (corvo)...só para mencionar alguns.
Como pequena homenagem a estes seres que me deram tanta alegria e também aos milhares de animais que deixam a sua vida por estas estradas fora, dedico esta playlist.

Pink Floyd - Pigs on the Wind
Os porcos andam na bosta e sempre achei esta banda uma bosta. Só os meti porque há malta que gosta e porque eu sou bacana.

Beatles - I am the Walrus
Eu sou a morsa dos Besouros. É uma música que gosto bastante, e que faz pensar, porque no fundo somos todos morsas.

David Bowie - Cat people
Gente felina do Eu sei... é da fase manhosa do senhor cameleão. Mesmo assim é melhor que qualquer uma dos Floyd Cor de Rosa.

Depeche Mode - Fly on the Windscreen
“Mosca na pára-brisa” das Noticias da Moda. É chato ter moscas na pára-brisa, mas mais chato ainda, é tê-las dentro do carro ou da casa-de-banho.

Duran Duran - Hungry like a wolf
“Faminto como o lobo” dos Duran Duran. Às vezes tenho fome como um lobo e como uma grande pratada de feijoda. Pouco depois, faço ouvir esta melodia sem usar a boca.

Elton John - Crocodile Rock
“Pedra do crocodilo” do Eltão João. Tal como o crocodilo, o Elton é carnívoro e gosta de nacos de carne.

Elvis Presley - Hound Dog
“Cão cão” do Elvis. Sei lá, isso é tão idiota, que não me vem nada a mente.

Ladysmith Black Mambazo - The Lion Sleeps Tonight
“O leão dorme esta noite” Este música é sobre quando o Sporting vai jogar a Luz.

Pixies - Monkey Gone to Heaven
Macaco foi para o Céu” dos Pixies. Essa é difícil, mas penso que o cantor está a cantar sobre o seu malogrado sogro.

B52's - Rock Lobster
“Lagosta de pedra” Isso vem do calão da droga. O que significa não sei, pois não sou drogado.

Stone Roses - Elephant Stone
“Pedra Elefante” é a dose máxima que se pode fumar. Fica-se com orelhas grandes e uma tromba rija.

Rolling Stones - Wild horses
“Cavalos Selvagens” Pedras, cavalos...o calão do mundo da droga continua...

13.4.07

Sócrates afinal não é licenciado coisa nenhuma



José Sócrates admitiu não ter concluído a sua licenciatura em Engenharia Civil, na Universidade Independente, “com aproveitamento”.

Foi no final do dia de ontem numa conferência de imprensa de última hora com os principais órgãos de comunicação social, que o Primeiro-Ministro José Sócrates anunciou que o seu diploma em Engenharia Civil não é válido.

Após ter afirmado que em questões de engenharia “só sei que nada sei” e apesar de não ter apresentado qualquer tipo de explicações que justificassem a sua situação, José Sócrates fez questão de salientar que as suas habilitações académicas não interferem em nada com o desempenho do seu cargo, visto que teve “uma quarta classe das antigas e que, como toda gente sabe, vale muito mais do que esses cursos superiores que para aí andam”.

Deixou ainda um desafio a todos os portugueses que ainda possam ter dúvidas em relação às suas competências, para que lhe perguntarem o nome de um qualquer rio de Portugal continental ou ultramarino, o nome e cognome dum rei português, duma qualquer dinastia, ou até mesmo qualquer uma das tabuadas, incluindo a do sete e a do nove. Afirmou ainda que consegue fazer, sem contar pelos dedos, todas as contas de somar, subtrair, multiplicar ou dividir, desde que não tenham mais do que duas casas decimais ou que o resultado não sirva para cálculos de estruturas de pontes e viadutos.

António Guterres, antigo Primeiro-Ministro e licenciado em engenharia, considerou estas declarações do actual Primeiro-Ministro como “umas bocas indirectas completamente desnecessárias e foleiras” e sublinhou ainda que “apesar de eu não saber fazer contas, ao menos ainda sei fazer de conta”.

10.4.07

Por Caminhos Pecaminosos III

Eu não sou daquelas pessoas que se refere à internet com metáforas marítimas, como navegar ou surfar, ou como aquelas outras que só por receberem a conta da internet ao mesmo tempo que recebem a da Via Verde, acham que computadores ligados por fios e isso, são uma auto-estrada de informação, ou lá o que é. Desde que o Papa considerou a internet um pecado, que decidi referir-me à rede mundial de conspurcação, heresias e afins, assim com uma linguagem mais bíblica.
Ao caminhar pelo negrume do vale das sombras da internet encontrei um blog duma malta de pessoal assim meio porreira, um bocado como aqueles padres que tocam viola, jogam à bola ao sábado de manhã e que até dizem "bolas", ou "chiça" quando falham um remate. Uma vez ouvi um a dizer "porra, que isso aleija!" por lhe terem acertado com um potente remate na zona testicular. Dizem que quando o Bispo soube do sucedido, que o excomungou, ou o despediu - uma dessas duas, não sei ao certo.



"Quarto Leis Espirituais". Acho que este é um daqueles títulos assim meio ao calhas, mas que deve ser propositado. Ou então falta-lhe uma vírgula ou algo assim. Tem também um logotipo que um gajo até se vira e diz:"Sim senhoras!". É uma representação do monte Fuji, com o raiar dum novo dia. Sempre curti estas coisas do budismo e do karaté, por causa do "Karaté Kid"- que significa "Cachopo Karateca", em português.
Deve ser um blog recente, porque ainda não tem muitos posts. O primeiro post é do João, e foi escrito às 3:16 - possivelmente escrito após uma noite de borga, enquanto um pizza era aquecida no microondas e reza assim:
O AMOR DE DEUS
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigénito, para que todo o que nele cré não pereça, mas tenha a vida eterna"
(João 3:16).
João fala-nos de um filho de Deus, de seu nome Unigénito, da imortalidade e de uma nova conjunção do verbo crer. Claramente João estava bêbado. Mais tarde, e depois de ter dormido umas horas, João fala-nos de um sonho acerca do Plano de Deus e questiona-se acerca da vida de abundância. É no que dá a ressaca.
Outro elemento deste blog, é o 'Romanos' - este nome deve ser uma alcunha, porque na minha rua havia um "Fenícios de Morais" e também era alcunha. E entre outras coisas, o Romanos apresenta-nos um esquema e diz-nos o seguinte:
"Deus é santo e o homem é pecador. Um grande abismo separa-os. Mas o homem sente que lhe falta algo, tem um vazio e está continuamente a procurar alcançar Deus e a vida abundante, através dos seus próprios esforços: vida recta, boa moral, filosofia, etc."
Eu já conhecia este tipo de quebra-cabeças com esquemas, mas numa versão em que um alentejano tinha de atravessar um rio com 3 metros de largura, tendo apenas duas tábuas de um metro. A solução para o problema era fazer um "T" na curva do rio. Também havia um outro com bispos, que não me lembro agora.
Mas este do homem pecador que tem um abismo entre si e Deus, parece-me mais lixado de resolver. Mas o João diz que sabe a solução:
ELE É O ÚNICO CAMINHO
Respondeu-lhe Jesus: "Eu sou o caminho e a verdade, e a vida: ninguém vem ao Pai senão por mim"


Pelos vistos para atravessar o fosso que o separa de Deus, o Homem tem que deixar de ser pecador, arranjar umas tábuas em cruz como aquelas do Jesus (não sei se há uma marca específica, mas em qualquer loja especializada ou casa de ferragens vos dirão), e depois é só esperar que Deus coise com uma seta na cabeça do Homem. É simples, e bastante semelhante à solução dos alentejanos.
Depois dizem mais umas coisas neste blog que eu não percebi muito bem - se calhar eu devia ter lido, porque diz que ler ajuda a perceber melhor as coisas. Mas eu cá sou daqueles que defende que se aprende mais a ler um homem do que a ler cem livros.
Após isto tudo, lá seguem logo de seguida para um esquema assim mais esquemático. O que no meu ver 'tá mais certo porque os livros com bonecos cansam menos a boca do que aqueles, que ao invés disso, são só letras.



Pelos vistos a vida controlada pelo "eu", que no meu caso sou eu, é assim como um queijo suíço perto dum cemitério, ou de uma campa, e é uma vida muito esburacada cheia de frustações e discórdias. A vantagem disto é que temos sempre lugar sentado. Por outro lado, uma vida controlada por Cristo, que neste caso não sou eu, um gajo senta-se no chão e tem harmonia materializada na forma de oito chupa-chups. É assim... se não se querem crer naquilo que vos digo, é visitarem vocês mesmo este blog, onde se forem optimistas (sendo que por 'optimista' se entende 'clicar num sim gigante') até podem deixar um comentário.

3.4.07

Flagrantes da Vida Real



Como alguns de vós já sabem, estou a estudar em Inglaterra. Nada de especial. Já o tinha feito aqui em Portugal, mas quis fazê-lo também no estrangeiro porque diz-se por aí que este tipo de experiências transfigura-nos, molda-nos o carácter. E passados apenas 6 meses já me sinto bem transfigurado, com um monte de coisas giras e interessantes para relatar.
Para já, tenho aulas completamente em inglês (nada como as aulas fajutas de inglês do liceu); um computador só para mim (dos grandes); e aprendi a teclar mais rápido (troco mais as teclas é certo, mas compenso usando o backspace com incrível destreza).
E sem ter de levantar o rabo da cadeira vou conhecendo o mundo, como fica exemplificado neste diálogo entre dois colegas da minha turma:
Colega Sul-Africano: É verdade que na Turquia perseguem-se prostitutas de automóvel para depois lhe baterem com tacos de baseball?
Colega Turco: Nós não jogamos baseball.
É assim a vida no estrangeiro, pronta a fascinar-nos.

23.3.07

Anti-Estilo XV


Depois de uma longa ausência, cá estamos de volta com um novo episódio da nossa rubrica anti-estilo. Desta vez, vamos falar-vos de uma campanha nova de um bem conhecida cerveja, a “Bohemia” de Sagres.
Qual não foi o meu espanto, quando vi no outro dia, que o novo rosto da campanha é, nem mais, nem menos, o Luís Represas. Fiquei espantado... alguém pode explicar-me como se vai buscar o Represas, depois do gentleman Pierce Brosnan ? É que eu não!
Existem one hit wonders, mas o Represas é o one song wonder: todas as suas músicas são iguais. Chateia também o corte do homem, à maneira de Richard Clayderman latino.
Aprecio bebericar uma Boehemia de vez em quando, que é diga-se de passagem bem melhor que a urina doce que a Super Bock lançou há uns tempos. Claro que depois de ver o Represas no cartaz fiquei com vontade de tocar jamais numa garrafa de Boehemia. Se esta moda pegar, brevemente vamos ter uma campanha de Sumol com seu sound-a-like “André Sardete” ou lá como se chama esse rufia. Deus que nos acuda!
Falta referir que o slogan é "Silêncio que se vai beber um bohemia". Era bom de mais, que cada vez que se abrisse uma bohemia o Represas se calasse.

18.3.07

Oh Pá!



É só para dizer que, relativamente a questões de actualidade, sou contra o Aeroporto da OPA.

17.3.07

Radio Ga Ga

Nunca oiço rádio, porque existem CDS e não preciso de ouvir as escolhas de outros. Ainda por cima, o que detesto mais é gente a falar no rádio. Notícias leio no jornal ou na net. Por mim, podiam bem acabar com o rádio.

Mas ontem liguei o rádio do carro, porque tinha lido algures que toda gente que paga a conta da luz, também paga uma taxa de rádio. Considero isso muito insólito, porque como não sou ouvinte de rádio, sou obrigado a pagar a sustentação dos rádios públicos (e televisão como li mais tarde).
Bem, mas tendo lido isso lembrei me então de ligar o aparelho radiofónico. Fui logo parar na Rádio Oxigénio. Estava a dar o “Close to me” dos Cure, uma das minhas músicas pop preferidas. Sempre achei que os Cure têm lugar garantido na Valhala da música pop, onde claro, estão também os Beatles, Stones, Velvet Underground e Bowie.

Qual então não foi o meu espanto, quando ouvi que afinal era um rap manhoso por cima da genial melodia? Ainda por cima um rap, do mais manhoso que há. Blasfémia! Já não há respeito e a minha vontade de continuar a ouvir rádio, era nula.
Mesmo assim, procurei outra estação e descobri...outra vez “Close to me”, mas agora versão jazz. Não sendo tão boa como a original, essa sim, era uma versão com dignidade.
Faltava ouvir ainda versão original e como tal, desliguei o rádio e pus o “Standing on the beach” a tocar.




2.3.07

Robinson Crusoe



Estava a navegar na internet, quando achei esta página acerca do famoso Robinson Crusoé (Crusoe). Quem quiser ler as peripécias deste náufrago inglês, e do seu companheiro Sexta-Feira (Friday), num facsimile da primeira edição, de 1719, já pode. Enquanto trabalha leia uns parágrafos, exercite o inglês, e converse com os seus amigos do ginásio, acerca desta obra.

26.2.07

Rádio Gémeo Malvado: Masturbação



A masturbação cega. Mas parece-me que é preciso ter uma pontaria do caraças para isso acontecer. E lembro-me sempre disto, da masturbação cegar, quando não dou nada aos cegos no metro. Acredite-se que é remédio santo para não se ficar com remorsos porque não se deu nada ao invisual. Basta pensar “pá, brincassem menos com a genitália” e fazer um olhar de reprovação. Eles não vêem, mas sentem os olhares na mesma. Diz a ciência popular que a masturbação também faz crescer pêlos nas palmas das mãos. O que não faz muito sentido. Não me parece que a fricção seja a melhor forma de fazer crescer pêlos, mas, enfim, factos são factos. Por falar nisso, aqui ficam doze odes ao amor-próprio.

All by MyselfEric Carmen
Isto principia logo com um género de masturbador bastante coiso: o choramingas. Eric Carmen, o próprio, começa esta sua cantiga com versos que não enganam. Diz ele que “quando era mai’ novo/nunca precisava de ninguém/copular era só um passatempo/mas esses dias já lá vão”. Diz ele, claro. Já lá vai a parte de ser só um passatempo, essa sim. Porque a parte de não precisar de ninguém lá se vai mantendo. Basicamente, o Eric choraminga por alguém que lhe faça o jeito. Mas não esconde de ninguém que, enquanto não aparece quem o ajude, se vai desenrascando all by himself.

First OrgasmThe Dresden Dolls
As bonecas de Dresden chegam-se à frente com esta bela canção, ao piano e tudo. Isto é sobretudo uma lição para os idiotas que pensam que basta a cançoneta ser calminha para, automaticamente, ser romântica e essas coisas. Pois bem, ficam a saber que esta “First Orgasm” é, entre outras coisas, sobre uma gaja que se masturba à janela a ver crianças a brincar em recreios. Vão agora dançar slows ao som disto, seus hereges.

I Touch MyselfDivinyls
Mais uma senhora que se toca. Sozinha. Nada contra, quase tudo a favor. Não chega a ser tudo a favor porque há gajas gordas. E, caraças, ninguém está para sequer imaginar bardajices dessas. Seja como for, a senhora cantora toca-se quando pensa num tal de “you”. Eu não sei quem é o “you”, mas, honra lhe seja feita, o gajo mete muita gaja a suspirar por ele. Não há rapariga cantadeira que não diga que o “you” é que é, e que o “you” é que vale a pena. Esta é mais uma.

Whip itDevo
Esta canção dos Devo tem várias interpretações. Mas há duas que se destacam. A primeira, e mais óbvia, diz que isto não passa um canto de triunfo à masturbação e ao sadomasoquismo. Faz sentido e é agradável. A outra interpretação diz que isto, afinal, é uma celebração do saudável acto de inalar óxido nitroso de latas de chantily. Eu acho que estas hipóteses não têm que ser mutuamente exclusivas. Sim, porque se há a hipótese duma canção ser sobre masturbação, sadomaso e inalação de óxido nitroso de latas de chantily, então essa hipótese passa logo a facto científico.

Imaginary LoverAtalanta Rhythm Section
Nem sei que raio de banda é esta. Sei que não presta. Sei que “Imaginary Lover” é a pior metáfora que já vi para “caramba, lá vou ter eu que usar outra vez a canhota para parecer que é outra pessoa que me está a gratificar”. Sim, presume-se que os canhotos usem a direita para conseguir o mesmo efeito. Os ambidestros é que estão lixados. Também, que se fodam esses mutantes! Não merecem nada.

Mary Anne with the Shaky HandThe Who
Os The Who são os camaradas que cantam no genérico daquelas bodegas de CSI’s. Muito antes dessa decadência, escreveram esta canção, que, em traços latos, mostra como a doença de Parkinson não é só chatices. A Mary Anne soube logo que fazer à shaky hand que a doença lhe trouxe. Tem que ser assim. Ver sempre o lado positivo das coisas, mesmo quando as coisas são degenerativas.

Tonight I fancy myselfThe Beautiful South
Estes Beautiful South nasceram depois de metade dos Houseartins terem decidido continuar nesta vida de cantorias. Mas agora têm uma senhora a cantar também. Não tenho mais nada para dizer sobre isto. A cantiga fala d’alguém que, esta noite, se quer comer, em vez de andar a tentar convencer outras pessoas. Pois. Simplifica muito mais as coisas. Sai barato. Não tem que haver converseta depois, nem miminhos. Não se percebe como é que não há mais gente a optar por esta via. Deve ser por desconhecimento.

She’s vibrator dependentMojo Nixon & Skid Roper
Estes dois parolos são os Cebola Mol de onde quer que seja que tenham nascido. Parece que um deles apanhou a mulher na cama com um utensílio em plástico. Ainda por cima daqueles a pilhas. E, pronto, como não vale a pena competir com cenas a pilhas, ao menos que se cante sobre isso. Passávamos é bem sem o pormenor das bolhas nas mãos, ò camaradas. E a música é muito grande.

Hand in my pocket Alanis Morissette
A Alanis, quando apareceu, era toda revoltada e arranhava tudo. Dizia asneiras e assim isso. Agora ‘tá mais calma, a fazer covers dos The Police. Este “Mão no meu bolso” é que não engana ninguém. As mulheres não usam as mãos nos bolsos a não ser para afagar o berbigão com grelo. Li isto num livro que explicava como é que elas pensam e agem. Portanto, se virem uma mulher a procurar trocos nos bolsos durante meia hora – ou mais, que aquilo é gente para demorar mais de uma hora só para aquecer –, desconfiem. Ou fiquem atrás do arbusto a ver, com a mão nas calças. A vida é vossa.

Alone but not lonely Mary Chapin Carpenter
A Mary, e os apelidos não deixam margens para dúvidas, é fruto do amor de ocasião entre os Carpenters e o Charlot. Cresceu num ambiente familiar fragilizado e, corolário lógico, agora é uma maníaco-depressiva masturbadora e psicótica. Sozinha, mas não solitária. O mesmo é dizer sem homem que a aqueça, mas há tanta coisa fálica numa cozinha. Só vegetais são para aí uns cinco. Já não para falar em pequenos electrodomésticos. A varinha mágica, etc. Ou coisas em materiais naturais, como o rolo da massa. Pronto, é como diz a Mary, mulher só fica solitária se quiser.

Give yourself a hand - Crash Test Dummies
Cá estão eles, os Crash Test Dummies. Os obreiros daquela mítica música de murmúrios ou a porra que os valha. Realmente, pensar num refrão decente ainda cansa, por isso dá sempre mais jeito gemer ou mesmo cantar com a boca fechada. Também dá muito jeito para os fãs, que assim não têm que se cansar a decorar letras. Esta “Give yourself a hand” é sofrível, claro, mas a mensagem percebe-se. Esfrega-te com a tua própria mão, pá. É só vantagens e, se for no banco de esperma, até te pagam. Convém é não ser na fila. Não cometam esse erro. Parece que eles têm salas especiais.

Dancing with Myself – Billy Idol
E terminamos com um dos maiores sucessos do Billy Ídolo. Uma música do caraças que nos relembra que é natural e saudável dançar sozinho. Faz-se figura de parvo na discoteca, mas quem o faz não quer saber. É um bocadinho como o que acontece com os masturbadores de jardim. Toda a gente acha que são maluquinhos depravados. Mas eles gozam à brava. Enfim, é deixá-los estar. Ou então, como se devia fazer aos parolos que dançam sozinhos, é matá-los à paulada. Das duas, uma.