28.9.05

A Gloriosa Saga da T-Shirt GM (Pt. 1)

A t-shirt Gémeo Malvado já anda por aí a circular. Sei, por fonte segura, que as suas vendas já atingiram as duas dezenas. No entanto, quantos de entre os felizes compradores é que já tiveram coragem de a vestir no vosso dia-a-dia?
Eu já! (não importa se estava longe de casa e já não tinha mais nada para vestir)
E que tal foi? - perguntam vocês.
Obviamente que há uma história para contar. - respondo eu.
“O Gémeo Malvado!” Foi a frase que eu mais ouvi entre as pessoas que se cruzaram por mim nesse glorioso dia de trabalho. Olhavam para a t-shirt e repetiam letra por letra o que lá estava escrito. Não se pode dizer que seja muito original, mas é de louvar o esforço de comunicação e o aprofundamento de relações interpessoais.

Metanota: Especialmente quando no dia anterior a minha camiseta “some idiot went to london and all i got was this lousy tshirt” que o meu irmão me comprou tinha sido contemplada com uma total indiferença. Nem o Comics Sans em que foi escrita conseguiu suscitar uma risada que fosse. Foi triste (embora eu pessoalmente nunca estivesse estado tão cool)!

Resumindo, tudo corria bem. As pessoas aproximavam-se e mal começavam: “O Gémeo Mal...”, eu acabava: “...vado”.
Pessoa 1: “O Gémeo...”
Eu: “...Malvado”!
Pessoa 2: “O Gé...”
Eu:(não completei a frase e limitei-me a apontar-lhe os indicadores e a piscar-lhe o olho). E por aí a fora....
Até que houve alguém que olhou para a t-shirt e me disse: "Tem cuidado com o Manuel Trancoso!"
Mas quem é o Manuel Trancoso? – perguntam. Na altura eu também não sabia, mas estava prestes a descobrir...

Não percam, na segunda parte, a excitante* ligação entre Manuel Trancoso e a t-shirt GM. (*talvez possa estar a prometer demais)

27.9.05

O Bicho Homem II

Coincidência ou não, o Bicho Homem II, nasceu na mesma aldeia do primeiro e 'ò' muito me engano ou ‘anderam’ na mesma escola. Nessa época a professora e as disciplinas não mudavam todos os dias, e assim tiveram os mesmos livros e aprenderam as mesmas letras e números. Não me lembro qual dos dois tirou piores notas, mas isso agora também não interessa. Lembro-me é que este tinha uma mala com uma mancha verde que parecia uma tartaruga-ninja.
De seu nome Zé Branco, o nosso Bicho Homem, é profissional sem profissão certa e chefe de família sem família para alimentar. Faz de tudo, mas a sua paixão é a pintura onde gasta a maior parte do tempo. Não é de pintura artística, até duvido que perceba alguma coisa do assunto… (mas também para que é que a arte serve!?) É por excelência um pintor de exterior, de casas, de portões, de roupas, de tudo onde o rolo chegue e a tinta cole.
Pintar ao ar livre não é fácil e faz suar. Para além do duro trabalho tem outra sina, que é beber depois de despegar. Com os pneus da mota ou da bicicleta cheios, sai de casa de manhã e volta à noite, normalmente a pé. Volta cansado, traz problemas de visão, de equilíbrio e o depósito bem cheio de vinho ou água-ardente que é preciso queimar. Todo o caminho ralha com o relógio que não lhe dá o norte magnético. Afinal de contas regressar a pé não é assim tão mau, sempre poupa uns litros de gasolina e um par de calças.
Há alguns anos o Zé branco foi pintar a loja da mãe de um amigo meu. Trabalhava com os sobrinhos e o trabalho nesse dia correu como normalmente. Passados alguns meses estava esse meu conhecido e a sua mãe a fazer o jantar, quando vêm um homem a passear pela loja. Era quase noite e a loja já estava fechada. Foram ver quem era e o que queria… Era o Zé Branco, que na sua caminhada de regresso a casa, passou a ver a sua antiga pintura. Olhava para as paredes e dizia: “fui eu que pintei isto”, e continuava o seu discurso com uma série de verdades universais do mundo dos pintores.
Pelo que sei não foi caso único, mais algumas vezes o nosso pintor passou pela loja a ver o estado das paredes. E eu já fui à loja de esse meu inimigo e olhem que tá um trabalho bem feito sim senhor.


Foi este Senhor o inventor da assistência técnica pós-venda.

26.9.05

Estrela Brasileira

Este fim-de-semana vi no Continente do Colombo, a estrela Brasileira Maitê Proença numa sessão de autógrafos. Quando passei por ela com o meu cesto, ela olhou fixamente para mim.
A minha dúvida agora é, se isso foi por causa da minha aparência sensual ou pelo conteúdo do meu cesto.

O meu cesto continha:

- Duas garrafas de água com gás;
- 500g. de polvo congelado;
- Iogurtes com pedaços (promoção compra 1 leva 2);
- Costeletas de porco;
- Couves de Bruxelas;
- Um chouriço Alentejano;
- Manteiga de cabra (promoção compra 1 leva 2);
- Pão integral;


Não continha:

- O livro da Maitê.

25.9.05

A Mais Dura II



SALMA HAYEK

Salma Hayek-Jimenez nasceu no decorrer do mês de Setembro de 1967, numa terreola chamada Coatzacoalcos, no México. É filha de uma cantora de ópera e de um libanês qualquer chamado Hayek. A dureza vem-lhe do pai, porque como todos nós sabemos , essa gente só está bem a fazer mal.
Frequentou um colégio de freiras até aos dezassete anos, no Louisiana (todas as biografias na internet apontam como razão para tal, o facto dos pais quererem a melhor educação para ela), e depois foi estudar relações públicas para a faculdade, curso do qual desistiu para seguir a sonhada carreira de actriz (ou atriz, como na biografia brazuca que li).
Andou pelo teatro, fez umas novelas saboneteiras, fez uns papelitos nuns (que em inglês quer dizer freiras) filmezecos, e foi descoberta pelo Robert Rodriguez, nada de fantástico portanto.
O seu papel no "From Dusk Till Dawn", o de uma dançarina exótica, provocou a experiência mais bizarra que tive de um intervalo no cinema. Estávamos na primeira parte do filme que acaba com Salma a dançar de uma forma provocante - dez minutos de intervalo, pessoas a fumar e a dizer 'que porcaria de fime, uns gajos perdem-se no deserto e metade já foi', voltámos ao lugar, apagaram as luzes e começou a segunda parte - e ela que estava de costas, vira-se e afinal de contas é uma stripper zombie-vampírica do Inferno. E olhem, é assim a vida.
Sem dúvida que ser uma stripper zombie-vampírica do Inferno, contribui para o currículo de uma dura, mas só por si não basta. Vamos então encontrar a dureza de Salma, nos filmes "Desperado" e "Once upon a time in Mexico" onde interpreta o papel de "Carolina" uma gaja que tem mini-facas nas ligas, com as quais mata meio mundo e "entusiasma" a outra metade.
Fez uma catrefada de outros filmes, mas não há nada a assinalar até "Frida", onde apesar de ter apenas uma mega sobrancelha (e uma ferida e um calo), avia o Trosky e um pintor de muros gordo. Tudo bem, não os avia à porrada mas avia-os, e é isso que interessa.
Visto que a escolha dos "parceiros da vida" também define o perfil de dureza das gajas, passemos então a isso. Ela despachou o Clooney, mas no entanto não aviou o Matt Damon e o Ben Affleck quando fez aquele filme, o coiso. Não atirou o gajo dos "Friends" pela barragem abaixo, naquele filme da barragem (o desperdício de tal oportunidade fá-la perder o título de 'A Mais Dura').
No entanto, andou com aquele esquizofrénico neo-nazi, que também já foi padre, o Edward Norton. Agora anda com o "Hulk", o que é coisa de dura, pelo menos enquanto dura (e pronto, chegámos à punchline que como puderam ver não é grande coisa...).

21.9.05

Concursos do Mundo

Um país não é país enquanto não instituir um concurso para eleger o cão mais feio do ano’. É nesta trave mestra que os americanos baseiam toda a sua existência colectiva, e que cá em Portugal parece ter sido incompreensivelmente confundida com a máxima ‘um país não é país enquanto uma revista com nome de avó não instituir um concurso para eleger o bebé mais bonito’. Assim como assim, é sempre um Micael ou um Renato que ganha. Parece que o nome é que decide. E não percebo como é que se pode achar bonito um bebé com mais cabelo que o Tom Selleck. No meu tempo, os putos ainda tinham nomes decentes. Só havia Pedros, Joãos, Nunos, Ruis e Marcos. Quem tivesse um nome diferente, apanhava das boas, como o gordo no ‘Senhor das Moscas’.


Bem, seja como for, lá na América é com cães que se brinca e é a fealdade que se premeia. Sam é o nome da criatura da foto e foi o vencedor incontestado das últimas três edições do concurso que tem lugar algures na Califórnia profunda. Apesar de parecer que já cá anda há tanto tempo que é bem capaz de ter mijado na perna do Pavlov ou ter cortejado a primeira Lassie, Sam tem apenas 14 anos, estando então, e ignorando a teoria do ‘ah, li num livro que os anos dos cães equivalem a não sei quantos anos de pessoa’, na puberdade. Mesmo quem já tinha visto casos extremos de acne juvenil, não consegue deixar de ficar surpreendido. O que interessa é que, todos os anos, os donos de Sam podem dar largas ao orgulho que é criar um cão de maneira a que este pareça uma mistura entre zombie e o chefe dos Gremlins maus. Mas, infelizmente, e porque Sam padece de todas as doenças que existem, não por muito mais tempo. Dificilmente o vencedor unânime das últimas edições marcará presença no próximo ano. A verdade é que Sam merece todo e qualquer descanso eterno, e em breve poderá ir para o céu dos animais famosos, brincar com outros nomes incontornáveis do showbizz animal, como sejam o Tubarão, a Laika, o Flipper, o Rin Tin Tin, o Free Willy, a Lassie, o porquinho Babe ou o coelho d’Atracção Fatal.

Anormatomias III

Que o Tony é uma figura intrigante, isso toda gente sabe. Vende centenas de milhares discos de música foleira, esgota as maiores salas de espectáculos num piscar de olhos, e mais, 95% do seu público são mulheres. Verdade seja dita, a maior parte é saloia e muitas já de idade avançada... mas o que vêem estas senhoras todas no Tony, perguntam vocês?

Pois é, meus senhores e senhoras, eu sei o segredo do seu sucesso. É o penteado. Ninguém no mundo tem um penteado assim. A forma como ele esconde sorrateiramente as suas entradas, por baixo de cabelo, é única.
Mas porquê, pergunta o leitor? Eu digo-vos: para ter sucesso com as gajas. Não é preciso ser-se Freud ou Jung, para saber isso. As mulheres gostam de homens que escondem coisas. Há rapaziada que esconde a calvice, uns a barriginha, alguns a existência de uma amante e outros o seu ódio a sogra.
Por isso, já sabem, se quiserem engate peçam ao vosso barbeiro um corte à la Carreira. Claro que se arranjarem um Porsche Carrera, melhor ainda...


Grão a grão mudam-se as vontades

Seria de esperar que a minha primeira contribuição fosse alguma história maluca sobre campónios bêbedos que partilham a intimidade com cabras, mas infelizmente não tive tempo suficiente para perceber se os locals que eu conheci reuniam todos estes requisitos.


Sendo assim passo ao segundo tema óbvio: a origem e raison d’être de alguns porvérbios portugueses (na verdade só vou falar de um, que nem é bem português, mas resolvi deixar o tema em aberto, pois nunca se sabe...).

Como é sabido existem muitos provérbios equivalentes em sentido, ainda que muitas vezes não nas palavras usadas, entre o português e o inglês. Não interessa se chove a potes, ou se cães e gatos caiem do céu, o que importa é que ficamos logo a saber que, no minimo saimos de casa de impermeável e guarda-chuva, e no máximo procuramos o celeiro com abrigo anti-tornados mais próximo (excepto talvez em Nova Orleães).

Ao surfar pela internet deparei-me com o correspondente inglês do nosso provérbio “A excepção que confirma a regra”. E talvez por confirmar a regra, este é homónimo na utilização de palavras, mas não no seu sentido. Na verdade, em “the exception that proves the rule”, o verbo to prove é usado não no sentido de confirmar, mas no de pôr em cheque a regra, testá-la.

O que se depreende daqui é que graças a mais uma má tradução (já não bastava o “Rushmore” chamar-se “Gostam Todos da Mesma”), um povo inteiro andou, enganadamente, durante anos e anos (não sei quantos, mas imagino que tenham sido muitos), a usar um provérbio que não tem sentido rigorosamente nenhum. Nicles.

Pela parte que me toca, vou já começar a memorizar o menos surpreendente; o menos bonitinho; mas contudo mais certinho: “não há regra sem excepção”.


'Não há regra sem confirmação... não. Não há regra que confirme a excepção... merda!'

O Consultório do Dr. Malvado

Caros leitores permitam-me que me apresente, eu sou Dr. Malvado e criei esta nova rubrica com o intuito de responder aos seus maiores anseios, medos e dúvidas. Disponibilizo-me a elucidá-lo quanto a questões de dinheiro, carreira, amor, saúde, higiene, vestuário, jogos de sorte e azar, sonhos, feitiços, karma, milagres, chamuças, mau-olhados, vodoo, kizomba, búzios, óleos e ungentos váriados, electromagnetismo psíquico, tarot, raspadinhas, depilação a cera, estudos sociais, e todos os outros mistérios do universo que o têm, ou o irão atormentar num futuro próximo.
O meu currículo fala por mim, já li todos os livros de trás para a frente e sei tudo acerca de qualquer coisa, daquilo que é falado na televisão, rádio, internet e revistas. Sou formado por diversas universidades de renome mundial e desenvolvi variadas e diversas experiências de alto gabarito pseudo-científico em ambos os lados da cortina de ferro e do Muro de Berlim.
Não hesite em escrever-me. Irá ver publicadas as suas questões, assim como as respostas para as mesmas. Eu posso ajudá-lo!
Envie as suas questões para o meu consultório, através da seguinte morada de e-mail: ogemeomalvado@hotmail.com . Disponha sempre e até breve! Continue a acreditar num futuro, antes que seja tarde...

Os meus poemas preferidos II

Depois de um mês a trabalhar no meio do campo, volto para a boa e velha rotina diária em Lisboa.
Da imprevisibilidade do meu dia-a-dia na Azambuja volto para o conforto de um local de trabalho fixo onde tenho finalmente tempo para escrever o meu querido diário online... (também se pode ler: voltei a ser o inútil que passa o tempo sentado ao computador, e que tem como única saída refugiar-se num mundo virtual onde lê vezes sem contas as mesmas teorias inconsequentes, e que se sente imensamente feliz quando se apercebe de alguma actualização-a-passo-de-caracol).

Enfim, é bom estar de volta!

16.9.05

Anormatomias II



Eu acho que o Carmona Rodrigues tem o estofo e experiência para ser um bom presidente da Câmara de Lisboa. A cara dele tem tantos buracos como as ruas da capital. Verdade seja dita...

15.9.05

Só Falta Levar Com o Chicote!

Durante a minha odisseia diária à procura de trabalho, (se me quiserem contactar/contratar, peço-vos gentilmente para visitar este blog) deparei no seguinte anúncio:

DESENHADOR DE ARTE FINALISTA:

HABILITAÇÕES ESCOLARES MÍNIMAS: 12ºano
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: Pretende-se designs graficos para trabalhar em sistemas informaticos graficos e que possuam conhecimentos de impressão.
OUTROS CONHECIMENTOS
:Todos os programs como Corel, Poewerpoint, Photoshop e outros.

CONTRATO:
Permanente

SALÁRIO
: 400 Euros

REGALIAS
: O vencimento é uma referencia, poderá ser superior.

LOCAL DE TRABALHO:
Seixo

Isto de facto é um mundo cão: ser "design grafico", saber trabalhar em "sistemas informaticos graficos" e também em "corel, poewerpoint, photoshop e outros", possuir conhecimentos de impressão, ter que viajar até Seixo, trabalhar para um patrão que nem se quer tem a 4º classe e só ganhar 400 euros? Estamos em Portugal ou na Ucrânia?














Por favor, ajudem-nos e venham-nos salvar deste capitalismo selvagem!

13.9.05

Separados à Nascença



'The Rock' - artista de cinema que fez a sua iniciação na escola do 'restling'. E não venham cá com histórias de que eles não sabem representar, porque davam uma sova em representação ao pessoal de teatro. Sobretudo ao do teatro 'moderno'.

Paul Anka - Começou a cantarolar ainda era um moço novo, mas agora vive uma crise de meia-idade e à conta disso editou recentemente um albúm de covers swing de músicas do rock (obviamente de rock do moderno, daquele que os gadelhudos gostam). Mesmo assim não consegue ser tão fixe como o do Pat Boone.

Anormatomias I



Vamos começar hoje a nossa nova rubrica intitulada 'Anormatomias'. E porque que não começar com uma figura que anda muito na ribalta, o Prof. José Maria Carrilho?

Antes de tudo quero dizer que o Gémeo Malvado não tem conotação política. Brevemente também falaremos das anormatomias do António Vitorino, Jorge Sampaio, José Sócrates, Mário e João Soares.
No outro dia, estava a seguir atentamente um debate entre Carrilho e outro tipo do qual não me recordo o nome, quando descobri o seguinte: o professor tem nem mais, nem menos, dois lóbulos. Isso chamou logo a minha atenção (perdi o resto desse interessante debate) e gostaria de saber mais sobre este anomalia. Alguém sabe mais? Tive há muitos anos atrás, um professor (de religião e moral) que tinha uma orelha parecida, e isso graças ao cão que lhe mordeu quando era ainda criança.
De qualquer forma, ter dois lóbulos poderá ser a chave para ter sucesso com mulheres 30 anos mais novas... qui sait?



Não sei porquê, mas as pernas longas da sua senhora também me chamaram a atenção. Deve ser outra Anormatomia...

12.9.05

Anti-Estilo XII

Para ser membro dos "Bon Jovi" é preciso muito, mas mesmo muito estilo, pois conseguir dar mais nas vistas que os pelos do peito do Jon é obra. Quem o faz é o Tico, Tico Torres.

Dizem que os bateristas são burros, mas este não é, não senhor! Este até tem uma linha de roupa para crianças: 'Rock Star Baby line' e esteve casado com miss Wonderbra, Eva Herzigova. O nosso Tico sabe mexer nas "baguetes" e sabe mexer em outras coisas.
Não entendo porque é que a sua banda não se chama "The Ticos" em vez de "Bon Jovi", se ele é (tem) o membro mais influente.



P.S. - Ontem eu e o Pedro vimos na televisão um Tico Torres português. Qual não foi o nosso espanto?


8.9.05

Calgon, ou o auge publicitário

O mundo da publicidade é enigmático, mas há já muito tempo que nos provou a existência de anúncios que, pura e simplesmente, não perdem eficácia. Como bem sabem, a Calgon usa o mesmo anúncio desde que existe televisão. Só muda, e mesmo assim, apenas ligeiramente, quando o técnico de máquinas de lavar morre e é preciso usar outro, actualizando nomes e anos de experiência na virtuosa área do calcário acumulado. Sempre achei fascinante que o técnico fosse apresentado como portador de várias décadas de experiência. Quarenta e tal anos, às vezes. Realmente, há quatro décadas atrás, arranjar máquinas de lavar em Portugal devia ser tão proveitoso em termos financeiros como ser ginecologista no Irão, mas tudo bem, aquilo passa por credível. Há sempre uma dona de casa desesperada que deixou uma peça qualquer – que parece arrancada de um grelhador ou de um instrumento de tortura Nazi que envolve choques eléctricos – ficar cheia de calcário. O técnico passa-lhe uma descasca, como se a máquina fosse dele e a dona de casa lhe devesse explicações, e recomenda-lhe, quase sob a forma de ultimato, Calgon, produto do qual, por acaso, até tem uma embalagem naquele preciso momento. Mais que pagar um qualquer arranjo futuro da máquina, o que assusta o telespectador neste momento é, sem sombra de dúvidas, o mais que provável raspanete do especialista ancião. Depois vem o jingle: ‘Prolongue a vida da sua máquina...’ [pequena pausa que eleva absurdamente os níveis de excitação do telespectador, levando-o mesmo a exclamar ‘Com o quê? Com o quê, por Deus!? ‘] ‘(…) com Calgon!’. Há alívio na mente do telespectador e o produto marcará presença no próximo carrinho de supermercado.



Calgon é ainda recomendado pelas principais máquinas como o produto ideal para prolongar a vida da sua máquina. Porque é isso que as principais marcas de máquinas de lavar querem: elas querem, realmente, que a sua máquina dure 900 anos e você nunca mais tenha que comprar outra. Não é o lucro que as move, por isso recomendam Calgon. Para que você nunca mais tenha que comprar outra máquina. Gente simpática, estas principais máquinas de lavar roupa.

3.9.05

A Mais Dura I

Pois é caro amigos, aqui estou eu de volta com mais uma rubrica acerca de dureza, sendo desta vez no feminino. Recentemente descobri que os seres humanos que não são dotados de pénis à nascença, afinal também têm os seus momentos duros. Se repararmos bem, um parto é lixado que se farta, dormir com homens também não deve ser pêra doce, ou até mesmo a depilação a cera quente seria capaz de pôr muito menino da mamã a chorar para aí.
Calculo que muitos dos nossos leitores (sobretudo os do bigode) estejam a pensar "As gajas!? Mas são todas umas medricas, umas tótós e umas sonsas!". Pois é meus amigos, mas aí é que está o busílis da questão. Tal como diz o povo : "Livra-te de boi sonso que de boi bravo me livrarei"- podem parecer mas não o são... são fortes e manipuladoras e... e.. é melhor não me adiantar muito mais... O que interessa é que muitas vezes são destemidas e coisas dessas.
Tal como fiz anteriormente, irei analisar esta propriedade da dureza olhando para o mundo do cinema, escolhendo dez candidatas e elegendo apenas uma, não duas nem três, mas sim apenas uma vencedora do título de "A Mais Dura".
É importante deixar claro que os critérios desta rubrica, serão ligeiramente diferentes da versão masculina, uma vez que seria impossível encontrar uma actriz que não tivesse feito um filme daqueles "sensíveis" ou que não tivesse levado da boca de um colega seu (não é seu, é dela).

Legenda*

DEMI MOORE

Demetria Gene Guynes, nasceu a 11 de Novembro de 1962, na cidade de Roswell (sim naquela dos extraterrestres adolescentes) no estado do Novo México. Como seria de esperar, teve uma infância lixada. O pai deixou a mãe ainda grávida, que casou com um bebâdo violento e suicida, que fez a pobre miúda sair de casa nos seus sweet sixteen. É o costume....
Foi trabalhar com pin up (seja lá isto o que for...) e aos dezoito casou com o baterista Freddy Moore, que participou na série "Happy Days". Com ele compôs esta música intitulada "It´s not a Rumor" e escreveu a respectiva "lírica".
Em 1982, entrou para o elenco de "General Hospital" e participou no filme "St. Elmo´s Fire". Por esta altura andava a dar forte na "buída" e na coca, mas sendo uma mulher forte tratou-se numa semana (talvez a clásula do contracto referente a estes hábitos, que o estúdio a obrigou a assinar tenha ajudado). Foi também nesta altura que Demi começou a fazer operações plásticas de recauchutagem em diversos sítios, como por exemplo L.A. e Suíça. Depois, e como toda a gente sabe, lá se casou com o Bruce Willis, e foi aqui que ganhou créditos enquanto dura, visto que as duras também se definem pela escolha dos seus parceiros sexuais.
Demi entrou para a tropa no filme "A Few Good Men" e após uma "Indecent Proposal " com um "Striptease" lá pelo meio, prestou provas para as forças especiais em "G.I. Jane" que para quem não sabe é uma espécie de "Oficial e Cavalheiro" para machonas, e no qual ela é mais bad ass (nunca no sentido literal do termo) do que um batalhão de homens.
Obviamente que não pode ser considerada "A mais Dura", pois entrou em filmes como o do ceramista fantasma que dançava, onde contracenava com o Patrick Swayze e aquele filme dos Anjos não sei quê, que se for como o filme de anjos da Meg Ryan, é uma valente porcaria. Outra razão para não merecer o título, é o facto de namorar com o mariconço do Ashton Kutcher, pois fosse uma dura a sério dava-lhe mas era um enxerto de porrada até ele perder a mania.

*Se eu fosse o Tiago, teria feito a seguinte legenda: "Are you talkin' to me? Are you talkin' to me? Are you talkin' to me? Then who the h*ll else are you talkin' to? Are you talkin' to me? Well I'm the only one here. Who do you think you're talking to? Oh yeah? Huh? Ok"

2.9.05

Separados à Nascença



António Pinho Vargas – Compositor e pianista português. Tem uns poucos de álbuns editados, mas isso também o Mico da Câmara Pereira e nunca ninguém os viu. Compôs música para cinema, teatro e dança, mas não tem telediscos com ‘booty shaking’ por isso pouca gente tem as suas obras para ouvir em casa. Apesar do mercado de músicas de elevador o requisitar bastantes vezes, Pinho Vargas está a um passo de desistir do seu dom natural, a música, para se dedicar a fazer de Steven Spielberg em festas de aniversário, casamentos e conferências organizadas por freguesias do norte com parcos recursos sobre os verdadeiros significados da saga ‘Indiana Jones’.

Steven Spielberg – Realizador norte-americano que já fez filmes com um tubarão, um E.T., um puto robot que via mortos noutro filme, dinossauros, o Peter Pan, mais E.T.’s, nazis a preto e branco, escravos, o Tom Cruise e o Tom Hanks, entre outras entidades estranhas. Meteu o Truffaut num dos seus filmes, mas jurou para nunca mais porque o franciú não parava de mandar bocas sobre a realização. Nunca despiu uma moçoila jeitosa nos seus filmes, pelo menos que me lembre, logo, parece não saber para que raio se criou toda a indústria do cinema.

1.9.05

O Verão Está a Findar...



Esqueçam a geração X, vamos todos pegar nas nossas mochilas e aproveitar o verão, acampar na natureza e levar as nossas violas, jogar umas peladinhas de futebol, enquanto uns (os que não apreciam o futebol) se refastelam a beber umas canecas de boa cerveja e de bom vinho.
Tragam o vosso charme da cidade. Vistam os jeans gastos e umas sapatilhas. Vistam a tshirt do GM e levem-na para a àgua cálida de uma albufeira junto a uma barragem. Nadem trinta voltas para cá e para lá e imaginem que as lontras amigáveis são hostis monstros de Loch Ness. Esqueçam o burburinho citadino e concentrem-se em quantos pássaros conseguem matar da porta do vosso iglo.
Apanhem vitamina D! Vão à praia não façam como eu fechado em casa em frente ao monstro "computador". Eu este verão só fui à praia cinco vezes. Seremos como "Os Cinco" em busca de aventura em cada canto.
Este país respira aventuras dementes para quem quiser, quer se metam na politica ou no "camping". Quer joguem à bola ou bebam pela caneca vidrada de liberdade. Esqueçam as chuvas e as folhas outonais. Esqueçam o sépia e admirem as vivas cores que um céu azul e um sol gritante nos fazem ver...

P.S. Escrita automática com um toque acentuado de pessoal.

Separados à Nascença



Narciso Miranda - Autarca em Matosinhos, que gosta de oferecer electrodomésticos de cozinha, mas que não dá conta de que o que a malta agora gosta mesmo é de telemóveis, câmaras digitais e leitores de dvd.

Treat Williams - Entra numa série sem jeito nenhum e que dá no canal 1 às tantas da manhã, onde faz de médico numa terreola qualquer da América "real". Apareceu sem barba na adaptação cinematográfica do musical Hair, em filmes do Woody Allen, e no Once upon a time in America.