31.5.06

Mascotes aos magotes

Há, neste mundo, muitas coisas que são intrinsecamente asininas. Cães ou flamingos de louça à escala real. Camisolas para animais. Bicicletas tandem. Balões de ar quente. Papagaios e a arte de os empinar na praia ou onde quer que seja. Fogo de artificio. A palavra piquenique e tudo aquilo que representa. Fruta cristalizada. Bolsos em pijamas. Salsa, o condimento. Salsa, a dança. Salsa, a marca de calças. Mimos e qualquer espécie de malabarismo de rua. Telediscos em que, apesar de haver só um vocalista, todos os restantes elementos do grupo acompanham a letra com sincronização labial e sentimento. Palitos de champanhe. Roletas nos matraquilhos. Dança do limbo. Corridas de sacos. Animais empalhados, sobretudo cabeças de alce. Aqueles cães com uma textura meio aveludada que abanam a cabeça na parte de trás dos carros. Tudo parvoíces. É certo que umas são mais que outras, mas a verdade é que o mundo seria um melhor lugar sem estas coisas. Presença obrigatória, quando se fala no absurdo número de coisas que, a bem dizer, não serve para nada e são estúpidas, é a das mascotes. Olha, aqui está uma e tudo.


A criatura da foto é o Goleo. Título que decorre da extraordinária fusão entre o vocábolo “Golo”, que, óbvio, remete para o único desporto que encanta o mundo, e “Leo”, o “Manel” dos leões, ou seja, o nome mais comum entre os imperais predadores que governam as selvas desde sempre. O Goleo é a mascote do campeonato do mundo. A sua companheira chama-se Pille (alemão para pílula) e, como se pode ver, tem boca de quem parece ter acabado de comer um mamífero vivo e olhos que, se os fitarmos durante tempo demais, nos hipnotizam para fazermos o trabalho sujo desta criatura esférica. Já o Goleo, tem cara de parvo. Tira fotos com a boca aberta. Nem parece o leão que dizem ser. Parece uma mistura de leão com um tapete, um urso, o Rui Bandeira e aquele bicho d’A História Interminável. Aquele que voava e tinha umas narinas enormes. Usa camisola e chuteiras, mas, onde deveria ter uns calções, está ao léu. Além disso, é esquizofrénico. Tanto oferece flores à Pille, como lhe dá joelhadas, pontapés e cabeçadas. Raios, pá! Eu tive uma camisola do Naranjito e um porta-chaves do Pique. Além disso, sou do Sporting. Este Goleo e a sua partenaire não passam de uma desconsideração desumana. Desde o Subi que uma mascote não dava azo a tanta revolta. Seus pulhas!

25.5.06

O Gémeo Malvado apoia oficialmente:



A selecção de Angola no mundial de 2006, assim como as selecções de todos os outros países que tenham uma catana - ou qualquer outro tipo de arma - nas suas bandeiras. Também apoiamos, mas não oficialmente, as selecções Reader´s Digest durante o referido campeonato.

23.5.06

O Circo Voltou à Cidade

Mal tinha pus os pés em terra, no aeroporto da Portela, regressado de umas bem merecidas férias, pude logo avistar que o circo tinha voltado a cidade... perdão… país. Sim estimados leitores, começou o triste espectáculo nacional da adoração da bola. Bandeirinhas com as cores nacionais e imagens dos jogadores da equipa das quinas por todo o lado. Já não é a religião, mas sim a bola, que é o ópio do povo.
As pessoas tornam-se de livre vontade meras marionetas do jogo de marketing como se pude ver no outro dia. Uma empresa qualquer organizou a mega-acção e juntou milhares de mulheres para fazer a bandeira mais bonita (será que os adeptos gays também acham isso?) do mundo. Uma acção só para mentecaptos de certeza, mentecaptas aliás, e me faz lembrar as acções de propaganda dos tempos do Estado Novo. Se fosse para arranjar malta, para uma simples acção humanitária, nem um centésimo do número dos participantes se arranjava.
É o inicio de um mês de nonsense. O país está totalmente perdido na cauda da Europa: o desemprego continua a subir em flecha, as empresas fogem para outros países, os hospitais e as escolas são de um nível de terceiro mundo, os idosos recebem reformas miseráveis, há cada vez mais criminosos nas ruas, etc., etc., mas por um mês inteiro, vamos esquecer isso tudo graças à divinal bola.
Quem é que vai pensar agora nos idosos que estão na lista de espera para serem operados há 3 anos? Nós é que não… vamos mas é pendurar bandeirinhas em tudo quanto é sítio, porque os 11 milionários que vão defender as cores nacionais no relvado, esses sim, precisam de sentir o nosso apoio.
Bem-vindo a narcose nacional!

20.5.06

Mitos Infantis III

Às duas espécies de mitos infantis previamente identificadas (aqui e aqui), pode-se acrescentar uma terceira espécie: a espécie “ainda não tenho os neurónios todos por isso estou sempre a ser ludibriado”. Todos nós fomos vítimas desta espécie.

Quando entrei para a primeira classe, disseram-me que havia um miúdo morto numa poça de água no recreio. E eu acreditei. Durante uma semana inteira. Acho que só comecei a desconfiar quando passou a época das chuvas e a poça secou.

Porque não desconfiei antes já que os professores da escola não tomavam medidas e nem sequer comentavam uma situação desta gravidade? É preciso ver que ir para a 1ª classe era como entrar numa terra sem lei em que os miúdos mais velhos nos podiam bater quando quisessem e, dizia-se, havia sempre uma dezena de ciganos à espera que passássemos os portões da escola para nos roubarem o relógio. Era cada pequenino por si! Por isso é que estávamos sempre a correr de um lado para o outro sem motivo aparente. Estávamos a praticar a nossa velocidade.

No entanto, tudo era esquecido quando acabava o recreio e entrávamos dentro da sala de aula; solo sagrado onde voltávamos a acreditar piamente na professora.A Sra. Professora dizia-nos para passarmos horas intermináveis a picotar um papel em cima de uma esponja e nós, maravilhados, cumpríamos a tarefa de bom grado. Fazia-nos esquecer a manhã exaustiva de volta das contas de somar. “Quando for grande eu quero ser picotador” diziam alguns alunos cheios de orgulho. “Sinto que a minha formação como pessoa é mais completa desde que iniciámos as aulas de picotagem” diziam outros (talvez).

E, olhando para trás, posso dizer com segurança que os meus companheiros que mais subiram na vida foram os que, em vez de irem para o recreio no intervalo, pediam à professora para continuarem na sala a praticar a arte cheia de significado que é a picotagem. Hoje, alguns são mesmo professores primários.


"Já temos os dentes todos. Agora estamos à espera que nos nasçam os neurónios".

16.5.06

Rádio Gémeo Malvado: Carros de Choque



José Nogueira Ferreira de Carvalho, nasceu no ano de 1959, em Condeixa a Nova e residia em Pedrouço, na Maia. Tem cabelo bastante curto, pele branca e faces muito rosadas, olhos castanhos, 1,70m de altura e pesa cerca de 80 kg (tem uma estatura forte, portanto).
José é analfabeto e sofre de perturbações mentais, e a última vez que foi visto (em 1998), estava num autocarro da cidade do Porto, transportando uns sacos, afirmando que se ia ausentar para Espanha. Já havia estado naquele país por períodos de cerca de dois anos, trabalhando num circo e numa pista de carros de choque.
Qualquer informação relativa ao seu paradeiro deverá ser comunicada para qualquer serviço de piquete da Polícia Judiciária, ou preferencialmente, para o seguinte endereço:

Polícia Judiciária - Directoria do Porto
Rª. Assis Vaz, nº 113,
4200 Porto
Telefone: 225 070 800
Piquete: 225 088 644
Fax: 225 023 642
Email: directoria.porto@pj.pt


O tema da playlist desta semana é "Carros de Choque", e foi escolhido não só por estar a decorrer a "Feira de Maio" em Leiria, mas também para prestar homenagem ao José Nogueira que, esteja ele onde estiver, esperamos que se encontre bem.

2 Unlimited - Megamix
Dr. Alban
- It's My Life

KLF - KLF Is Gonna Rock You
Ace of Base
- The Sign

Los Del Rio - Macarena
Tecnotronic - Ultra Mega Mix
Videokids
- Woodpeckers From Space

Vários Artistas
- 80s & 90's Club Mega Mix

Whigfield
- Saturday Night

Santa Maria
- Falésia Do Amor

Vários Artistas
- Dance 90's Medley Megamix

14.5.06

Separados à Nascença



Bernie Kopell - É um actor que conseguiu a proeza de ter entrado em quase tudo o quanto era série que ficou para a história da televisão, e apenas ser reconhecido por uma delas. Senão vejamos, Bernie participou em "The Alfred Hitchcock Hour", "Green Acres", "The Streets of San Francisco", "Bewitched" (onde fez de médico), "Get Smart", "Mary Tyler Moore", "Charlie's Angels", "Fantasy Island" (onde contracenou ao lado de Toy), "Love Boat" (a tal série que lhe deu fama e fortuna e onde fez de médico dum barco), "Sledge Hammer!", "The Fresh Prince of Bel-Air" (onde fez de médico) , "Beverly Hills 90210" (onde fez de médico) , "Charmed" (onde fez de médico legista) , e "Scrubs" (onde também fez de médico) . Está ainda a negociar a sua participação em "O.C.", série na qual irá fazer o papel de médico. Fazer de médico, é obviamente, a sua especialidade, visto que ao longo da sua carreira fez onze vezes esse papel.
É claro que isto lhe deu a volta à cabeça e hoje em dia trabalha num consultório que ele mesmo montou no anexo do seu quintal, acreditando que é mesmo um médico "à séria". O actor negro que fazia de bartender no "Barco do Amor" é que o ajudou com as obras, e faz de enfermeiro nesse mesmo consultório de segunda a sábado.

Mário Crespo - Este antigo correspondente da RTP em Washington - que por vontade de sua mãe seria hoje um médico especialista numa daquelas especialidades que dão dinheiro - é conhecido pelo seu estilo único de apresentação dos noticiários, criando um conceito de noticiário televisivo inédito, e classificado pelos os peritos em ciências jornalísticas como o estilo "que se lixe o teleponto, que eu a esta hora já devia ir a caminho de casa e ainda aqui estou".
É famoso também por traduzir reportagens americanas em uma hora e apesar de ser conceituado e bem pago, "diz que" ele agora canta em aniversários para juntar umas massas extras para ver se compra uma farda da marinha e vai num cruzeiro não sei aonde no Pacífico.

12.5.06

Feira de Maio em Leiria



Chega uma altura na vida de toda a criançola, e labregos que já namoram, de serem levados e levarem-se à feira de Maio em Leiria, uma cidade bela no centro de Portugal que se torna, com efeito, na capital da bimbolândia em Maio.
Feirantes gordurosos, vendem as suas traquitanas, e apergoam aos microfones viagens destemidas nos seus carróceis. Pavilhões de circos multicolores com as bandeirinhas orgulhosas desfraldadas ao vento, cada bimbo canta a sua música pimba em surdina, e esse fenómeno comove quem vê; ao ponto de pensar que estamos num país novo, mais moderno, mais alegre, mais saloio.
Quem entra, admira Edison e as suas lâmpadas eléctricas, quem se senta numa viagem lembra-se de Edison, e a nossa lei da gravidade.
Percorre-se à pressa as barracas que vendem briquabraque, e entra-se numa barraca de campanha, grande com comes e bebes, a comida meditrânica foi substituída por uma gastronomia de feira, os templos de oração; as capelas, os santuários deram lugar a um estaminé chamado cantinho místico, e no meio do New Age, o visitante torna-se pagão. Por isso é que Deus castiga, e manda chuvas em Maio, para desbaratar de Sodoma, os pecadores.
Deste modo, é com pleno alívio de um crente que não descrê que vejo chegar o dia da cidade, o nosso feriado 22 de Maio. A vida chega a ser um pouquinho mais normal a partir desse dia.

7.5.06

A Mais Dura VI



SHARON STONE

Nascida em 1958 em Meadville, uma pequena cidade da Pennsylvania, era filha dum operário fabril e de uma construtora de casas. Percebe-se logo quem é que usava calças lá em casa. Sharon sempre foi uma rapariga jeitosa e esperta, e como os homens – e algumas mulheres- não se medem aos palmos, as suas medidas em polegadas são 36B-25-35-154. Sendo que, infelizmente, 154 corresponde ao Q.I. e o 36B ao busto.

Aos quinze anos entrou na Universidade Estatal da Pennsylvania e não saiu de lá enquanto não lhe deram um diploma em escrita criativa e belas-artes. Mas como a arte e os livros não enchem a barriga a ninguém, foi trabalhar aos 17 anos para uma casa de hamburgers da cadeia que o doninha anuncia na rádio e na tv. Com essa mesma idade ganhou o concurso de Miss Pennsylvania. Daí rumou para Nova Iorque e foi bater à porta da agência de modelos da mãe do vocalista dos Strokes, a Ford, e passou a figurar numa série de anúncios e reclamos a produtos de renome internacional.

Como todos nós sabemos, tudo na vida tem uma ordem natural: as lagartas transformam-se em borboletas, os futebolistas passam a treinadores, e as modelos tornam-se actrizes. E assim, seguindo as leis da natureza, Sharon entrou para o mundo do cinema, representando o árduo papel de “menina bonita no comboio” no file Stardust Memories (1980) de Woody Allen, realizador que já tinha lançado um outro grande vulto feminino do cinema de acção num outro filme seu. De seguida, protagonizou um filme horrível (horror movie) de Wes Craven, intitulado “Deadly Blessing” (1981). Quatro anos depois entrou n’ “As Minas de Salomão”, o único filme que conheço que inclui uma fuga nesse magnífico meio de transporte que é o caldeirão. Por essa altura, casou-se com o produtor do "MacGyver”.

Não conseguido o papel da Glenn Close n’ A Atracção Fatal”, acabou por fazer o “Academia de Polícia 4”, o que não foi mau de todo, pois deu inicio ao seu currículo de dura, uma vez que fica sempre bem fazer de polícia quando se quer fazer carreira na dureza. "Òsdepois" o seu status de durona subiu em flecha, pois fez de mulher do Steven Seagal em “Above the Law” e de mulher do Arnold Schwarzenegger em “Total Recall”, realizado por Paul Verhoven, o génio por detrás de êxitos como “Robocop”, “Starship Troopers” e de “Showgirls”.
Mas o grande golpe de mestre de Verhoven foi o descruzar de pernas de Stone, em “Instinto Fatal”. Ainda tentaram fazer a acrobacia de novo, mas esqueceram-se que Sharon estava sentada na cadeira “à americana”- que para quem não sabe consiste em sentarmo-nos numa cadeira ao contrário, ficando as costas da mesma viradas para a frente - o que fez com que o filme se tornasse num fracasso. Diz que Sharon já planeia realizar "Instinto Fatal 3 - Ressurection", em Inglaterra.

Em 1994, Sharon viola Stallone num chuveiro, no filme “O Especialista”, e no ano a seguir fez a versão feminina de Trinitá em “The Quick and the Dead” e de mulher drogada e maluca do De Niro num “Casino”. Ganhou um globo de ouro - daqueles como os da SIC, mas melhores - quando fez a versão feminina de Sean Penn no “Dead Man Walking”, no filme “Last Dance”. Em “Antz”, um filme da animação 3D de 1998, ela fez a voz da Formiga Rabiga.

Em “Gloria” (1999), Stone anda à porrada com uns mafiosos e aprende a falar italiano. Por esta altura era já sem dúvida alguma, uma dura de respeito, mas faltava-lhe fazer uma coisa que os duros fazem frequentemente: comer gajas. Daí o filme “If These Walls Could Talk 2” ( 2001) ter caído que nem ginjas, pois Sharon faz o papel duma lésbica. Mas como Deus castiga estas coisas do “contra-natura”, enviou-lhe um raio, ou sei lá o quê, que lhe provocou uma aneurisma cerebral. Isso explica que desde então não tenha feito nada de especial, sendo “Broken Flowers” (2005), o filme mais representativo desse “não fazer nada de especial”.

É pena mas é assim… a vida. Sharon Stone seria uma forte candidata ao título d’ “A Mais Dura” – e note-se que até uma cicatriz no pescoço tem, como facilmente se pode verificar na sessão fotográfica para a Playboy- se não fossem estes senãos: Sharon é asmática, diabética e defensora dos direitos gays. E se isto não são sinais de fraqueza meus amigos, então já nem sei o que vos diga...

Outras Duras:

A Mais Dura V

A Mais Dura IV

A Mais Dura III

A Mais Dura II

A Mais Dura I

5.5.06

Rádio Gémeo Malvado: Sítios



O que eu adorava jogar ao Stop quando era mais gaiato… Pouco ou nada, para ser sincero. Mas, entre sessões de Bate-pé, lá calhava ter que escrever uns nomes próprios, umas marcas ou uns frutos mais depressa que os outros. A primeira categoria, pelo menos cá na minha comarca, era sempre a “sítios”, esse elaborado conceito infantil que corresponde ao “zonas geográficas” mais adulto. Portanto, em jeito de homensagem, aqui ficam onze músicas de onze bandas com nomes de sítios.

Na baliza, temos Europe e o seu “Final countdown”, esse magnífico golpe de rins que não parece sair nunca de moda. Como laterais, na direita, Asia com “Heat of the moment”, uma música que, a bem dizer, possui uma letra que mais parecem as justificações d’alguém que acabou de violar outra pessoa; e, ocupando a banda esquerda e recuperado de uma lesão grave ao nível dos adutores, Nazareth com “Love hurts”, essa reconhecida alegoria relativa “àquela vez nos duches da prisão”, por ocasião da pena que cumpria devido a apostas ilegais. Por sua vez, a zona central da defensiva é ocupada por Berlin, com “Take my breath away”, um central que os especialistas catalogam como “clássico”. Algo lento e parado, mas técnico, e que sabe ocupar muito bem os espaços. A seu lado, Boston e “More than a feeling”, que, sendo muito mais explosivo que o seu companheiro de defesa, acaba assim, Rui Tovar dixit, por ser o seu complemento perfeito.

No meio campo, como vértice mais recuado, Japan, aluno aplicado da escola synth-pop e das suas componentes mais viradas para disposições tácticas, com “Life in Tokyo”. Nas faixas do meio campo: Texas e “Say what you want”, cantoria que remete automaticamente para a série “Riscos” e que, por isso, será sempre uma opção controversa aos olhos dos adeptos e pessoas de uma maneira mais geral; e Buffalo Springfield, ele que, com “For what it’s worth”, regressa após uma experiência internacional na banda sonora do Forrest Gump. Finalmente, America e “Last unicorn”, uma espécie de Zahovic, mas ainda mais lento e ainda menos eficaz, no apoio aos pontas de lança. Que são, Kansas, com “Dust in the wind”, melodia que prova como pó e ventania são coisas que nunca combinaram bem em lado nenhum; e Chicago, que, com o seu “If you leave me now”, parece finalmente ter convencido o seu treinador de que é um avançado que não pode jogar sozinho na frente.

Uma equipa vencedora? Não. Mas que dá um jeitão do caraças para jogar ao Stop. É também a playlist perfeita para fazer verter uma lágrima a cinquentões divorciados utentes de uma qualquer estrada de província às 4 e meia da manhã num dia de semana. Uma terça-feira, parece-me.
EuropeFinal Countdown
AsiaHeat of the moment
NazarethLove hurts
BerlinTake my breath away
BostonMore than a feeling
JapanLife in Tokyo
TexasSay what you want
Buffalo SpringfieldFor what it’s worth
KansasDust in the wind
AmericaLast unicorn
ChicagoIf you leave me now

Work in Progress

Como o leitor pode calcular, ter um blog de sucesso como “O Gémeo Malvado”, não é de maneira nenhuma, uma tarefa fácil. Em primeiro lugar é preciso trabalhar arduamente. É determinante o desenvolvimento de ideias novas, diariamente, para poder permanecer no cume do mundo blogista. Em outras palavras, um blog é um verdadeiro work in progress.
Há que fazer muitas reuniões (briefings) para desenvolver e discutir os rumos a seguir. Aqui em baixo, podem ver uma foto que tirei de uma das reuniões da direcção do GM. Em frente, o chefão João e a sua direita, o seu braço direito, o Pedro. Atrás outros dois Gémeos, dos quais agora não me estou a lembrar dos nomes, porque tanto texto já cá escreveram. Obviamente eu não apareço, porque estou a tirar a foto.














Como se pode observar na foto, o talento que se tem para escrever para blogs não se traduz necessariamente em talento para escolher camisolas. Tanto o Pedro como o João, precisavam de uma ajudinha. Um servicinho para o desempregado Esquadrão G?
Outro pormenor: sendo os Gémeos apreciadores do bom gourmet, estão a bebericar de copinhos brancos Chateau Mouton Rothschild de 1982.

3.5.06

Por Caminhos Pecaminosos II

Estamos sempre a aprender ao longo da vida e quando se está muito tempo por dia na net, isso então é uma constante. Ontem, por exemplo, estava eu descansadamente a surfar quando deparei com a palavra “chapeiro”. Sendo que português não a minha língua materna, perguntei aos meus colegas do trabalho o seu significado. Ninguém sabia. Ainda sugeri que podia ser uma alguma profissão ligada a chapinhar na água. Uma pessoa que fabrica ou que restaura chapéus é chapeleiro.
Fui ver então ao dicionário e é uma pessoa que trabalha a chapa de carros, vulgarmente conhecido com bate-chapas.
Na net descobri este site interessante sobre o assunto. É o site do Paulo, um jovem chapeiro, que tem muito orgulho na sua arte e onde podemos ler que, além de muita prática, são precisas três “coisitas” fundamentais para ser chapeiro, a saber:

- HONESTIDADE
- PERFEIÇÃO
- CRIATIVIDADADE

É bonito. Ser chapeiro deve ser algo como pertencer a uma seita misteriosa, ser um jedi ou templário.