2.4.05

Ich bin ein berlinde

A importância do nome David Hasselhoff para o mundo da televisão e, consequentemente, para o mundo da cultura popular é evidente. Seja porque durante anos a fio nos mostrou que umas calças de ganga justa, um casaco de cabedal e uma camisola vermelha de gola alta não combinam com uma farta cabeleira encaracolada, ou porque nos chamou a atenção para o perigo dos afogamentos simulados porque tanto poderíamos ser salvos pela Pamela Anderson ou por ele próprio, David (ou Michael Knight, ou Mitch Buchannon) é um marco incontestável nas vidas de todos nós.

Também não deve ser estranho a ninguém que este mito apresenta no seu currículo uma sólida carreira musical, destacando-se do seu rico percurso na área uma cerca de meia dúzia de álbuns e uns discos de platina conquistados em países que deviam ser bombardeados incessantemente só pelo facto. Bem, o que pouca gente sabe é que o Sr. “Kittí, Kittí, mí pega na ísquina”, desempenhou um papel fundamental num dos momentos políticos mais importantes de toda a história da humanidade: a queda do Muro de Berlim.

É verdade, segundo o próprio, a sua interpretação no final do ano de 1989, no topo do muro ainda erecto, do hit “Looking for Freedom”, uma cover de um sucesso alemão dos anos 70 de nome “Auf Der Strasse Nach Suden”, terá contribuído decisivamente para que os dois povos, que não percebiam peva de inglês, se unissem finalmente. O conhecido entertainer ainda recentemente se queixou na TV alemã, lamentando mesmo que os responsáveis pelo museu dedicado ao muro e à sua história não tenham reconhecido a importância da sua acção e se tenham esquecido de colocar, no mínimo, uma foto de tão memorável interpretação musical, carregada de, diz ele, significado político-social. Isto é a mais pura das verdades.


Aqui fica uma foto do David a ajudar na destruição física do muro. A destruição a sério, a simbólica, a da união dos dois lados, já ele a tinha iniciado quando se equilibrou em cima do referido e berrou o seu hino de intervenção política.

2 comentários:

Anónimo disse...

Quero apenas referir que na minha opinião, que não é o David na foto, mas sim o seu avô. Claramente que esta fotografia foi tirada durante a construção do muro, na época em que os homens ainda usavam chapéu. O que explica o azul forte do casaco, visto que é uma fotografia pintada em estúdio. Afinal,todos nós sabemos que nos anos oitenta, as cores da moda eram o preto e vermelho. E não o azul forte, também conhecido por azulão.
Um pouco mais de rigor, meu amigo, vá lá, um pouco mais de rigor...

J. Salinas disse...

O David Hasselhoff não tem ascendentes terráqueos. É uma forma de vida extraterreste que se apoderou de um corpo criado num laboratório de Hannover (mais ou menos como naquele filme do Jeff Bridges).