Concursos do Mundo II
Bem, serve isto para introduzir o facto de haver um concurso na Finlândia que, em termos de estupidez, chega aos calcanhares da piada com que eu massacrava, diariamente, aquele pobre “Finnish”. Enquadrando historicamente isto tudo, parece que aqui há coisa de centenas e centenas de anos, os nativos de um território – que equivale exactamente à actual Finlândia – tinham o nobre costume de privar as aldeias vizinhas das jovens parideiras. E sim, parece que este nobre acto (actualmente apelidado de rapto e mais que provável violação) deu origem a um dos concursos mais fascinantes do planeta: o carregamento de mulher.
Em poucas palavras, pede-se a um senhor que carregue a sua patroa durante um sinuoso percurso que inclui zonas de água, lama e alcatrão, e que atinge a astronómica cifra de 250 metros. E é só isto. Carregar a patroa no melhor tempo possível. Quer dizer, bem vistas as coisas, carregador e carga não têm, obrigatoriamente, de partilhar o leito, pede-se, contudo, que a senhora tenha já completado 17 primaveras e que atinja o peso mínimo de 49 quilos. Caso fique aquém desta segunda marca mínima, ser-lhe-ão anexados pesos até que alcance a mesma. Devem pô-los, aos pesos, no rabo, que é para onde eles irão, mais dia, menos dia.
Os prémios? Sobretudo, o peso da senhora em cerveja, mas também uma bastante secundária cabine portátil de sauna. Nos últimos anos, os estónios revolucionaram a modalidade, elevando a sua táctica de carregamento – o carregamento estónio – ao patamar de táctica “Mourinho” deste nobre desporto. Este, o carregamento estónio, consiste no seguinte: a senhora fica com as coxas encaixadas no cachaço do senhor, mas na posição oposta à esperada, pelo menos em termos de qualquer funcionalidade sexual. Mas não é esta táctica, que revolucionou conceptualmente todo o jogo, que mais me fascina nisto tudo. É que este jogo, mais que qualquer outro, é uma autêntica metáfora da vida moderna. Assim, tal como, no jogo, o homem tem que atravessar superfícies complicadas, há na vida momentos de dificuldade, em que é preciso considerável esforço e estofo. Como se isso não bastasse já, o homem, na vida e no jogo, ainda o faz com uma mulher às costas, que sustenta e protege. Além disso, essa mesma mulher, na vida e no jogo, é um peso que os pode impedir de chegar a cerveja. Finalmente, para completar o ramalhete, na vida, como no jogo, quanto mais pesa a mulher, mais cerveja o homem bebe. É a mais precisa metáfora da existência moderna.
9 comentários:
Está a nevar...
Parece caspa...
É...
E quando tiramos os olhos do ecrã, vemos diferente, vemos às riscas! lol
Se desfocarem o olhar, vidrado no blog, durante 23 minutos ao som desta música, o "Gémeo Malvado" presenteia-os com a resposta para todos os enigmas de sempre… é uma promoção que arranjámos agora.
Uma pergunta para o Pedro...podem casais homossexuais participar neste concurso?
Não! Não podem participar em nada! Nem ter nada! De resto, só estão exluídos os papa-concursos...
Que pena porque, não sabendo, se a pessoa raptada que trazem nas costas tem a sua orientação sexual, isto podia ser um grau de dificuldade para ultrapassar pelo atleta ou pela (porque não?)atleta....
Por exemplo, vejamos estas situações que podiam acontecer:
- homen hetero rapta mulher lesbica
- homem homosexual rapta homem hetero
- mulher lesbica rapta mulher hetero
- homem homosexual rapta lesbo macho
Caro Pedro, é difícil não vidrar...
Não sei o que isso quer dizer, mas parece-me sexual.
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