Grão a grão mudam-se as vontades
Seria de esperar que a minha primeira contribuição fosse alguma história maluca sobre campónios bêbedos que partilham a intimidade com cabras, mas infelizmente não tive tempo suficiente para perceber se os locals que eu conheci reuniam todos estes requisitos.
Sendo assim passo ao segundo tema óbvio: a origem e raison d’être de alguns porvérbios portugueses (na verdade só vou falar de um, que nem é bem português, mas resolvi deixar o tema em aberto, pois nunca se sabe...).
Como é sabido existem muitos provérbios equivalentes em sentido, ainda que muitas vezes não nas palavras usadas, entre o português e o inglês. Não interessa se chove a potes, ou se cães e gatos caiem do céu, o que importa é que ficamos logo a saber que, no minimo saimos de casa de impermeável e guarda-chuva, e no máximo procuramos o celeiro com abrigo anti-tornados mais próximo (excepto talvez em Nova Orleães).
Ao surfar pela internet deparei-me com o correspondente inglês do nosso provérbio “A excepção que confirma a regra”. E talvez por confirmar a regra, este é homónimo na utilização de palavras, mas não no seu sentido. Na verdade, em “the exception that proves the rule”, o verbo to prove é usado não no sentido de confirmar, mas no de pôr em cheque a regra, testá-la.
O que se depreende daqui é que graças a mais uma má tradução (já não bastava o “Rushmore” chamar-se “Gostam Todos da Mesma”), um povo inteiro andou, enganadamente, durante anos e anos (não sei quantos, mas imagino que tenham sido muitos), a usar um provérbio que não tem sentido rigorosamente nenhum. Nicles.
Pela parte que me toca, vou já começar a memorizar o menos surpreendente; o menos bonitinho; mas contudo mais certinho: “não há regra sem excepção”.
'Não há regra sem confirmação... não. Não há regra que confirme a excepção... merda!'
O que se depreende daqui é que graças a mais uma má tradução (já não bastava o “Rushmore” chamar-se “Gostam Todos da Mesma”), um povo inteiro andou, enganadamente, durante anos e anos (não sei quantos, mas imagino que tenham sido muitos), a usar um provérbio que não tem sentido rigorosamente nenhum. Nicles.
Pela parte que me toca, vou já começar a memorizar o menos surpreendente; o menos bonitinho; mas contudo mais certinho: “não há regra sem excepção”.
'Não há regra sem confirmação... não. Não há regra que confirme a excepção... merda!'
14 comentários:
Sempre que disseres 'não há regra sem excepção' perto de mim, levas uma lamparina.
P.S: Agora é fotos de estátuas com um dos mamilos pintados, é? Está bonito, está...
E que tal: não há excepção sem regra? Perceberam? As excepções não existem sem regras. Logo, vivam as regras para que hajam excepções, que essas, sim, são muito mais interessantes.
A "pintura" mais não é que oxidação caro watson!!!
Um mármore muito bonito though?!
Quem aprecia mármores pertence ao mesmo grupo dos que apreciam mamilos de homem...
Nicles batatoides
Saudades ao mestre do tridente... Bem aparecido seja, salvo seja!
Anônimo, as pessoas que dizem 'nicles batatóides' contam-se pelos dedos de uma mão... é uma questão de tempo até seres descoberto e, claro, espancado com uma meia com latas de laca lá dentro (como na prisão).
E tu que não quê? Ainda não percebi...
Ele nao quis levantar polemicas... o senhor ouve bem?
Ovo, pois.
E que tal : "a regra sem excepções confirmadas!
E que tal coiso e tal?
Resolvam isso lá fora como pessoas civilizadas...
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