28.12.06

O Português é Ecologico



Já estive em outros países por esta altura e aquilo era só aquecimentos centrais, lareiras, salamandras e outros aquecimentos acessos em qualquer estabelecimento. Aqui não, aqui as casas, autocarros, bancos, escolas e mesmo hospitais, raramente têm dessas modernices.
Muita estrangeirada não tem noção disso, porque pensa que o sol abunda todo o ano em terras lusas. Aí é que se enganam, esses bifes, porque cá temos também uns bons meses de frio e chuva, sem essas paneleirices de aquecimentos. Aqui poupa-se em petróleo, gás natural, carvão e madeira; fontes de energia cada vez mais escassas. Sim, é verdade meus amigos, o povo Português no fundo é um povo ecológico.

Faz parte da pedagogia Portuguesa, que as crianças desde cedo têm que estar nas aulas de casaquinho e às vezes com luvas. Serve para fortalecer o carácter, prepara a criançada para o grande combate que é, no fundo, a vida. Muitas casas além de não ter aquecimento, também não têm essas coisas do vidro duplo ou isolamento térmico. Isto também poderá ter a ver com o pensamento ecológico, o vidro (isolamento térmico é feito de fibra de vidro) ainda é abundante, mas um dia poderá vir a acabar.

Mas tudo isto que referi, não se prende apenas à Ecologia, porque quando o vento gélido entra nos lares portugueses, por baixo das janelas ou por rachas no telhado, podemos traçar uma linha directamente para nossos gloriosos antepassados. Esses marinheiros destemidos que navegavam por grandes tempestades e que também rapavam grandes frios e humidades nas suas caravelas. Sentir o frio na pele, e até ao osso, faz parte da Alma Portuguesa. E até digo mais, o Fado foi sem dúvida inventado numa noite chuvosa e fria, ao pé de uma lareira e com o dente a bater. E não debaixo do Sol, numa qualquer "ocidental praia Lusitana".

7 comentários:

Anónimo disse...

Como a minha escola era muito fria, peguei fogo aos Lusíadas, e fiz uma bela fogueira. A professora gritou logo: "Luís não vaz c'as mões (plural de mãos) ao lume que ainda te queimas!"
Bem se lixou, que o meu nome não é Luís, mas sim João.

Sacrilegius disse...

O teu quê ?

Anónimo disse...

O meu quê o quê?

Sacrilegius disse...

batota !!!!!!
fizeste batota.

J. Salinas disse...

Batota o quê?

e disse...

Eu como sou das terras do Norte passo ainda mais frio... mas compenso com as bandeiras do euro, que vou queimando para me aquecer!

Sacrilegius disse...

Que sornas !
Além de batoteiros, ainda são sornas.
Não se produz texto aqui ?
Arre !