14.2.07

Banalidades III


Hoje vi na cantina um rapaz de vinte e tal anos. Por norma, não olho para homens, mas desta vez olhei. Tinha longos cabelos à surfista, com uma franja para o lado, mas sorrateiramente notava-se uma grande mancha de calvície atrás.
Fiquei a pensar se ele realmente pensava que ninguém notava. Ao menos as pessoas do seu meio podiam ter-lhe dito: “Júlio" - não sei se é esse o nome dele, mas tinha aspecto disso - "toda gente já notou a tua calvice pá, não havia necessidade de tentares disfarçar, e ainda por cima tão mal.”
Ou então: “Toma lá bacano, fizemos uma vaquinha para te comprar uma peruca"- até mesmo um implante de cabelo, para o caso de serem amigos endinheirados.
Penso que o melhor seria mesmo que ele saísse simplesmente da sua concha e rapasse tudo, porque não há necessidade para esconder a calvície. Há milhares de homens nessa situação.
Eu é que não estou!

6 comentários:

Anónimo disse...

A calvice é sempre triste mas quando se transfere para lá do crânio e entra espirito adentro... ui, ui...

Anónimo disse...

3 têm. Mas só 1 a torna escrita.

Telmo disse...

Não respeitam um maluco

Espinete disse...

nao fazia sentido rapar o cabelo... assim deixava de ser surfista... imagine-se um gnr sem bigode...

Anónimo disse...

Mas já não se pode usar o cabelo como se quer?

emot disse...

Eu estou ali no III mas a caminho do III Vertex, acho eu. O que vale é que não dói, a não ser quando se olha ao espelho.
Não tento esconder, mas irrita-me quando me falam nisso como se eu não soubesse, tipo: "sabias que tás a ficar careca?"

Ao que respondo: "Parece que sim."