22.8.07

Entrevistas



Em primeiro lugar quero-me desculpar, estimados leitores, por causa da minha longa ausência aqui. Como alguns já sabem, tenho andado a procura de um novo emprego. É verdade, este vosso escritor humilde, é afinal também um ser mortal que precisa de ganhar o seu para poder pagar as contas correntes e não só..
Vou ser franco: gosto de entrevistas. Se houvesse a possibilidade de ser entrevistado profissional não desdenharia essa possibilidade. É porreiro, ficamos a conhecer gente e empresas novas, e no fundo, uma entrevista é uma pequena performance.
Para já vamos todos pimpões para lá, barba feita, aftershave, cabelo penteadinho, camisa limpa, às vezes fato e sapatos engraxados.
Eu se fosse empresário, mandava vir os candidatos na sua roupa preferida, dava para aprender bastante mais sobre o candidato; mas enfim não sou empresário.
Depois há também as partes difíceis: temos que ouvir os monólogos sobre o que a empresa faz e os seus objectivos, sem piscar muito os olhos ou bocejar. Nestes monólogos tento sempre dizer um “sim” de 5 em 5 segundos, só para mostrar que estou atento. É verdade, é muito chato, mas é um teste a nossa capacidade de resistência.
Há quem diga que o futebol é um espectáculo inútil, mas isso é mentira: eu tiro lições para a vida d´A Bola, meus senhores e senhoras. Uma das frases chave nas minhas entrevistas é sempre “prometo trabalhar muito”.
Fundamental também, caros amigos, é meter uma piada no meio, eventualmente dois se há capacidade para tal. Quebra o gelo, e ficamos com o rótulo de candidato poreiraço. Se o entrevistador deixa escapar que é natural de uma determinada localidade, agarrem essa oportunidade com unhas e dentes para criar laços. Ainda ontem dizia-me um que era natural de Mirandela, Trás-os-Montes. Contei-lhe que tinha família afastada lá, que era a zona mais bonita de Portugal e que as alheiras de Mirandela são as melhores do mundo.
O ponto auge de uma entrevista é sempre quando nós pedem quanto estamos a pensar auferir. Ou seja quando se chega a essência da nossa visita. É difícil essa, estimados leitores, mas a minha táctica aqui é o ataque! Eu retorquia com a pergunta quanto estão os senhores a pensar em pagar. Eu quando não tem uma proposta pronta, digo o que estou a ganhar nesse momento, um valor sempre superior ao que ganho na realidade. Claro, que não vou sair por menos.
O que é bom sempre é finalizar a conversa com uma pergunta inteligente. Para isso é sempre bom, ler qualquer coisa sobre a dita empresa na net antes de ir para entrevista.
Essencial também: meter uma pastilha na boca mesmo antes de entrar. Para ter um hálito fresco e para poder oportunamente, sem ninguém ver, mastigar para aliviar o stress. Não nós podemos esquecer que o entrevistador também é um ser humano, e levar com mau hálito nunca é bom.

3 comentários:

Elza disse...

Olá!!
Estou passando por aqui para dar meus parabéns
pela sua indicação, ao prêmio blog 5 estrelas!
Seu blog é muito original, parabéns 2x!
rsrs...
Boa semana
Lembrando que o último dia para me enviar
seus votos é amanhã dia 27/08 e no próx dia 31/08
conheceremos o blog 5 estrelas escolhido pela maioria!
=]

Freekowtski disse...

Como eu gosto de palmadinhas nas costas! Obrigado Elza!

Anónimo disse...

Palmadinhas nas costas!? Hummm parece que tu tb não enganas ninguém...