O Bicho Homem
No seguimento de textos tão importantes como a Bíblia, Guerra e Paz, os Maias ou documentos tão essenciais como o tratado de Tordesilhas, do inventor de símbolos universais, a caveira, a âncora, a ferradura, o sol maia ou o Fido-Dido. Surgem agora as histórias, biografias, e narrações do bicho Homem. A começar esta frase utilizei um A, e depois continuo com muitas letras do alfabeto até fazer um texto em língua portuguesa.
Esta história passa-se em 1993, numa aldeia do centro do país, onde apareceu Nossa Senhora de Fátima (ou lá perto). O meu pai falou a um amigo seu, ¼ de pedreiro, ¼ de construtor civil, ¼ de mecânico e ¼ de reformado (um homem daqueles que só se encontram nas melhores reservas naturais do país), para construir uma parede em blocos de cimento, um futuro galinheiro ilegal. A mão-de-obra e as ferramentas eram por conta do senhor Adelino Marujo (o amigo do meu pai), os blocos, o cimento, a areia, a água e o vinho dava o meu pai.
Pegou ao trabalho de manhã cedo. Gastava por dia: 3 sacos de cimento, 1 metro cúbico de areia, 140 blocos, 300 litros de água (apenas para a massa) e 4 litros de bom vinho. Para lhe facilitar o trabalho, encostou de traseira a sua espectacular carrinha de caixa aberta, junto ao local onde ia levantar a parede, para ter os materiais sempre à mão. No fim do dia a obra estava pronta, uma parede de tamanho razoável montada. Pronto para regressar a casa e sem sobras de material, deu duas aceleradelas na camioneta, mas como a marcha-atrás continuava posta e esquecida, toda a parede voou para o terreno do meu vizinho. No fim do dia os blocos voltavam à posição inicial, mas do lado errado. Pobre homem que em 30 anos de construção foi a 1º vez que tal azar lhe aconteceu. Mas não desistiu, deu meia volta com o seu “camião”, com os potentes máximos ligados e reconstruiu de novo a muralha pela noite dentro.
O galinheiro já não existe, o estado ordenou a demolição deste património, obra do grande construtor civil Adelino Marujo. Agora a minha família come frangos da C.E.E.
ADELINO MARUJO 1948-2000
Esta história passa-se em 1993, numa aldeia do centro do país, onde apareceu Nossa Senhora de Fátima (ou lá perto). O meu pai falou a um amigo seu, ¼ de pedreiro, ¼ de construtor civil, ¼ de mecânico e ¼ de reformado (um homem daqueles que só se encontram nas melhores reservas naturais do país), para construir uma parede em blocos de cimento, um futuro galinheiro ilegal. A mão-de-obra e as ferramentas eram por conta do senhor Adelino Marujo (o amigo do meu pai), os blocos, o cimento, a areia, a água e o vinho dava o meu pai.
Pegou ao trabalho de manhã cedo. Gastava por dia: 3 sacos de cimento, 1 metro cúbico de areia, 140 blocos, 300 litros de água (apenas para a massa) e 4 litros de bom vinho. Para lhe facilitar o trabalho, encostou de traseira a sua espectacular carrinha de caixa aberta, junto ao local onde ia levantar a parede, para ter os materiais sempre à mão. No fim do dia a obra estava pronta, uma parede de tamanho razoável montada. Pronto para regressar a casa e sem sobras de material, deu duas aceleradelas na camioneta, mas como a marcha-atrás continuava posta e esquecida, toda a parede voou para o terreno do meu vizinho. No fim do dia os blocos voltavam à posição inicial, mas do lado errado. Pobre homem que em 30 anos de construção foi a 1º vez que tal azar lhe aconteceu. Mas não desistiu, deu meia volta com o seu “camião”, com os potentes máximos ligados e reconstruiu de novo a muralha pela noite dentro.
O galinheiro já não existe, o estado ordenou a demolição deste património, obra do grande construtor civil Adelino Marujo. Agora a minha família come frangos da C.E.E.
ADELINO MARUJO 1948-2000
Homem desafortunado com as mulheres, amante de bons vinhos e boas água-ardentes, ao longo da sua vida construiu um ferro-velho apenas com viaturas que costumava comprar sempre abaixo dos 50 contos, e um bom construtor civil.
* Texto original escrito com caneta Parker
* Texto original escrito com caneta Parker
20 comentários:
Xiça que isto assusta como o caraças! Fotografias de campas? Onde é que vamos parar? Sacrífio de jovens e voluptuosas virgens?
Chamem-me quando lá chegarmos, mas não contem comigo para preliminares deste género...
Sacrifícios de jovens e virgens voluptuosas...
Eu desenho o pentagrama com o sangue da galinha, nascida no 4º dia depois da segunda lua do ano...
para joanissima:
olá cara amiga, tu parece-me que és a n1 do blog. continua a escrever e usa o maximo de letras possiveis,o novo gémeo da bondade.
Já vi, Tiago... a verdade é que eu também copiei tudo de um blog belga, mas agora vou ficar todo ofendido e fazer um post a gozar com o Catwalk...
Já agora, surpreso fiquei eu pelo facto de teres usado, na mesma frase, a tua boca aberta e os meus tomates...
P.S: Mais a sério, aquilo são coisas que acontecem a toda a gente, ou que toda a gente já viu acontecer. O autor nem deve saber que o meu blog existe, quanto mais andar por lá a remexer nos arquivos...
Tiago, que aquilo é escandalosamente copiado, não há grandes dúvidas. Mas não é do meu blog. Bastou-me colocar a primeira frase no Google para perceber de onde raio apareceu isto afinal… é de vários sites brasileiros e, pelos vistos, eu é que posso ser acusado de plágio criterioso porque aquela porra já foi publicada há séculos!!!
A verdade é que estão lá três exemplos que também usei e a dinâmica do ‘Tu és’ (ou ‘Você é’, no caso) está lá (embora isso seja menor)… bem, vou-me retirar sorrateiramente e acreditar que foi uma maldição do Markl (embora tenha sido o Matias a desmascará-lo).
Tiago, eu confirmei, pá. É cuspido e escarrado de sites brasileiros. Este (http://www.itudomais.com.br/POPUP/vez2.htm), por exemplo, mas há mais... acho que só adaptou mesmo os nomes próprios à realidade portuguesa...
E está lá a história da hora, dos parabéns e do carro da polícia... são só esses, mas estão lá.
Bem, quando publicar o meu livro, além já ter que mudar o nome do dito(parece que o Álvaro Cunhal já tinha celebrizado aquela expressão não sei quando), tenho que limar alguns posts... suponho que seja para isso que serve um editor. Ele que se desenmerde.
Desenmerde é françes, não é?
Sim, é de Paris e o seu nome completo é Jean-François Desenmerde.
Belo comentário!
O que é que eu já te disse Tiago? Já chega... Acabou... Foste desmascarado como o graxista que sempre foste! Para além disso, arranjar amigos desta maneira não só é deprimente, como revelador da tua condição mental...
Sergy, já pensaste em mudar o teu nick em Sergay?
Ou para Serginho...
Tiago, na reunião de direcção da última semana (à qual faltaste porque estavas demasiado ocupado com um dos teus milhentos afazeres), decidimos que, a partir de agora, só um dos membros deste blog básico é que ia bajular e ser graxista para toda a gente que aqui passa...
E a pior notícia, é que não serás tu...
Porra, começo a não aguentar a pressão de ter sempre a última palavra... estou-me a ir abaixo...
Queres que chame o polícia bonzinho?
Então é assim... tipo... realmente... ora, portanto... é assim, tipo, eu... tás a ver, né?
Pois pedro, é como diz a gótica gorda do Evanescence: "I´m going under"
Também tu?
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