Rádio Gémeo Malvado: Masturbação
A masturbação cega. Mas parece-me que é preciso ter uma pontaria do caraças para isso acontecer. E lembro-me sempre disto, da masturbação cegar, quando não dou nada aos cegos no metro. Acredite-se que é remédio santo para não se ficar com remorsos porque não se deu nada ao invisual. Basta pensar “pá, brincassem menos com a genitália” e fazer um olhar de reprovação. Eles não vêem, mas sentem os olhares na mesma. Diz a ciência popular que a masturbação também faz crescer pêlos nas palmas das mãos. O que não faz muito sentido. Não me parece que a fricção seja a melhor forma de fazer crescer pêlos, mas, enfim, factos são factos. Por falar nisso, aqui ficam doze odes ao amor-próprio.
All by Myself – Eric Carmen
Isto principia logo com um género de masturbador bastante coiso: o choramingas. Eric Carmen, o próprio, começa esta sua cantiga com versos que não enganam. Diz ele que “quando era mai’ novo/nunca precisava de ninguém/copular era só um passatempo/mas esses dias já lá vão”. Diz ele, claro. Já lá vai a parte de ser só um passatempo, essa sim. Porque a parte de não precisar de ninguém lá se vai mantendo. Basicamente, o Eric choraminga por alguém que lhe faça o jeito. Mas não esconde de ninguém que, enquanto não aparece quem o ajude, se vai desenrascando all by himself.
First Orgasm – The Dresden Dolls
As bonecas de Dresden chegam-se à frente com esta bela canção, ao piano e tudo. Isto é sobretudo uma lição para os idiotas que pensam que basta a cançoneta ser calminha para, automaticamente, ser romântica e essas coisas. Pois bem, ficam a saber que esta “First Orgasm” é, entre outras coisas, sobre uma gaja que se masturba à janela a ver crianças a brincar em recreios. Vão agora dançar slows ao som disto, seus hereges.
I Touch Myself – Divinyls
Mais uma senhora que se toca. Sozinha. Nada contra, quase tudo a favor. Não chega a ser tudo a favor porque há gajas gordas. E, caraças, ninguém está para sequer imaginar bardajices dessas. Seja como for, a senhora cantora toca-se quando pensa num tal de “you”. Eu não sei quem é o “you”, mas, honra lhe seja feita, o gajo mete muita gaja a suspirar por ele. Não há rapariga cantadeira que não diga que o “you” é que é, e que o “you” é que vale a pena. Esta é mais uma.
Whip it – Devo
Esta canção dos Devo tem várias interpretações. Mas há duas que se destacam. A primeira, e mais óbvia, diz que isto não passa um canto de triunfo à masturbação e ao sadomasoquismo. Faz sentido e é agradável. A outra interpretação diz que isto, afinal, é uma celebração do saudável acto de inalar óxido nitroso de latas de chantily. Eu acho que estas hipóteses não têm que ser mutuamente exclusivas. Sim, porque se há a hipótese duma canção ser sobre masturbação, sadomaso e inalação de óxido nitroso de latas de chantily, então essa hipótese passa logo a facto científico.
Imaginary Lover – Atalanta Rhythm Section
As bonecas de Dresden chegam-se à frente com esta bela canção, ao piano e tudo. Isto é sobretudo uma lição para os idiotas que pensam que basta a cançoneta ser calminha para, automaticamente, ser romântica e essas coisas. Pois bem, ficam a saber que esta “First Orgasm” é, entre outras coisas, sobre uma gaja que se masturba à janela a ver crianças a brincar em recreios. Vão agora dançar slows ao som disto, seus hereges.
I Touch Myself – Divinyls
Mais uma senhora que se toca. Sozinha. Nada contra, quase tudo a favor. Não chega a ser tudo a favor porque há gajas gordas. E, caraças, ninguém está para sequer imaginar bardajices dessas. Seja como for, a senhora cantora toca-se quando pensa num tal de “you”. Eu não sei quem é o “you”, mas, honra lhe seja feita, o gajo mete muita gaja a suspirar por ele. Não há rapariga cantadeira que não diga que o “you” é que é, e que o “you” é que vale a pena. Esta é mais uma.
Whip it – Devo
Esta canção dos Devo tem várias interpretações. Mas há duas que se destacam. A primeira, e mais óbvia, diz que isto não passa um canto de triunfo à masturbação e ao sadomasoquismo. Faz sentido e é agradável. A outra interpretação diz que isto, afinal, é uma celebração do saudável acto de inalar óxido nitroso de latas de chantily. Eu acho que estas hipóteses não têm que ser mutuamente exclusivas. Sim, porque se há a hipótese duma canção ser sobre masturbação, sadomaso e inalação de óxido nitroso de latas de chantily, então essa hipótese passa logo a facto científico.
Imaginary Lover – Atalanta Rhythm Section
Nem sei que raio de banda é esta. Sei que não presta. Sei que “Imaginary Lover” é a pior metáfora que já vi para “caramba, lá vou ter eu que usar outra vez a canhota para parecer que é outra pessoa que me está a gratificar”. Sim, presume-se que os canhotos usem a direita para conseguir o mesmo efeito. Os ambidestros é que estão lixados. Também, que se fodam esses mutantes! Não merecem nada.
Mary Anne with the Shaky Hand – The Who
Os The Who são os camaradas que cantam no genérico daquelas bodegas de CSI’s. Muito antes dessa decadência, escreveram esta canção, que, em traços latos, mostra como a doença de Parkinson não é só chatices. A Mary Anne soube logo que fazer à shaky hand que a doença lhe trouxe. Tem que ser assim. Ver sempre o lado positivo das coisas, mesmo quando as coisas são degenerativas.
Tonight I fancy myself – The Beautiful South
Mary Anne with the Shaky Hand – The Who
Os The Who são os camaradas que cantam no genérico daquelas bodegas de CSI’s. Muito antes dessa decadência, escreveram esta canção, que, em traços latos, mostra como a doença de Parkinson não é só chatices. A Mary Anne soube logo que fazer à shaky hand que a doença lhe trouxe. Tem que ser assim. Ver sempre o lado positivo das coisas, mesmo quando as coisas são degenerativas.
Tonight I fancy myself – The Beautiful South
Estes Beautiful South nasceram depois de metade dos Houseartins terem decidido continuar nesta vida de cantorias. Mas agora têm uma senhora a cantar também. Não tenho mais nada para dizer sobre isto. A cantiga fala d’alguém que, esta noite, se quer comer, em vez de andar a tentar convencer outras pessoas. Pois. Simplifica muito mais as coisas. Sai barato. Não tem que haver converseta depois, nem miminhos. Não se percebe como é que não há mais gente a optar por esta via. Deve ser por desconhecimento.
She’s vibrator dependent – Mojo Nixon & Skid Roper
Estes dois parolos são os Cebola Mol de onde quer que seja que tenham nascido. Parece que um deles apanhou a mulher na cama com um utensílio em plástico. Ainda por cima daqueles a pilhas. E, pronto, como não vale a pena competir com cenas a pilhas, ao menos que se cante sobre isso. Passávamos é bem sem o pormenor das bolhas nas mãos, ò camaradas. E a música é muito grande.
Hand in my pocket – Alanis Morissette
A Alanis, quando apareceu, era toda revoltada e arranhava tudo. Dizia asneiras e assim isso. Agora ‘tá mais calma, a fazer covers dos The Police. Este “Mão no meu bolso” é que não engana ninguém. As mulheres não usam as mãos nos bolsos a não ser para afagar o berbigão com grelo. Li isto num livro que explicava como é que elas pensam e agem. Portanto, se virem uma mulher a procurar trocos nos bolsos durante meia hora – ou mais, que aquilo é gente para demorar mais de uma hora só para aquecer –, desconfiem. Ou fiquem atrás do arbusto a ver, com a mão nas calças. A vida é vossa.
Alone but not lonely – Mary Chapin Carpenter
She’s vibrator dependent – Mojo Nixon & Skid Roper
Estes dois parolos são os Cebola Mol de onde quer que seja que tenham nascido. Parece que um deles apanhou a mulher na cama com um utensílio em plástico. Ainda por cima daqueles a pilhas. E, pronto, como não vale a pena competir com cenas a pilhas, ao menos que se cante sobre isso. Passávamos é bem sem o pormenor das bolhas nas mãos, ò camaradas. E a música é muito grande.
Hand in my pocket – Alanis Morissette
A Alanis, quando apareceu, era toda revoltada e arranhava tudo. Dizia asneiras e assim isso. Agora ‘tá mais calma, a fazer covers dos The Police. Este “Mão no meu bolso” é que não engana ninguém. As mulheres não usam as mãos nos bolsos a não ser para afagar o berbigão com grelo. Li isto num livro que explicava como é que elas pensam e agem. Portanto, se virem uma mulher a procurar trocos nos bolsos durante meia hora – ou mais, que aquilo é gente para demorar mais de uma hora só para aquecer –, desconfiem. Ou fiquem atrás do arbusto a ver, com a mão nas calças. A vida é vossa.
Alone but not lonely – Mary Chapin Carpenter
A Mary, e os apelidos não deixam margens para dúvidas, é fruto do amor de ocasião entre os Carpenters e o Charlot. Cresceu num ambiente familiar fragilizado e, corolário lógico, agora é uma maníaco-depressiva masturbadora e psicótica. Sozinha, mas não solitária. O mesmo é dizer sem homem que a aqueça, mas há tanta coisa fálica numa cozinha. Só vegetais são para aí uns cinco. Já não para falar em pequenos electrodomésticos. A varinha mágica, etc. Ou coisas em materiais naturais, como o rolo da massa. Pronto, é como diz a Mary, mulher só fica solitária se quiser.
Give yourself a hand - Crash Test Dummies
Give yourself a hand - Crash Test Dummies
Cá estão eles, os Crash Test Dummies. Os obreiros daquela mítica música de murmúrios ou a porra que os valha. Realmente, pensar num refrão decente ainda cansa, por isso dá sempre mais jeito gemer ou mesmo cantar com a boca fechada. Também dá muito jeito para os fãs, que assim não têm que se cansar a decorar letras. Esta “Give yourself a hand” é sofrível, claro, mas a mensagem percebe-se. Esfrega-te com a tua própria mão, pá. É só vantagens e, se for no banco de esperma, até te pagam. Convém é não ser na fila. Não cometam esse erro. Parece que eles têm salas especiais.
Dancing with Myself – Billy Idol
E terminamos com um dos maiores sucessos do Billy Ídolo. Uma música do caraças que nos relembra que é natural e saudável dançar sozinho. Faz-se figura de parvo na discoteca, mas quem o faz não quer saber. É um bocadinho como o que acontece com os masturbadores de jardim. Toda a gente acha que são maluquinhos depravados. Mas eles gozam à brava. Enfim, é deixá-los estar. Ou então, como se devia fazer aos parolos que dançam sozinhos, é matá-los à paulada. Das duas, uma.
Dancing with Myself – Billy Idol
E terminamos com um dos maiores sucessos do Billy Ídolo. Uma música do caraças que nos relembra que é natural e saudável dançar sozinho. Faz-se figura de parvo na discoteca, mas quem o faz não quer saber. É um bocadinho como o que acontece com os masturbadores de jardim. Toda a gente acha que são maluquinhos depravados. Mas eles gozam à brava. Enfim, é deixá-los estar. Ou então, como se devia fazer aos parolos que dançam sozinhos, é matá-los à paulada. Das duas, uma.
5 comentários:
falta aí um clássico, o "five to one" dos doors!
Pá, o Jim filho-do-Morris está morto, e os mortos não se masturbam. Ouvi falar. Li num livro. Eu nem sou morto.
a alanis morisete também já morreu há muito e está aqui
Faltam aqui dois grandes hinos a este acto de autoflagelação:
Holiday Song dos Pixies
Hand in Glove dos Smiths
Tenho dito!
Se o tema é masturbação, então vejam está pérola alemã dos anos 80 onde a plateia é escolhida a dedo. São lindas as fãs, lindas!
Para uma melhor contemplação, favor fazer um pause por volta dos 24 segundos.
Só me apetece... já venho
http://www.youtube.com/watch?v=O1KHyaYWbYE
Enviar um comentário